[SP-pm] Quando alguém disser que Java é melhor que Perl:

Hélder Máximo Botter Ribas helderribas at gmail.com
Thu Nov 11 05:34:52 PST 2010


2010/11/11 Eden Cardim <edencardim at gmail.com>:
>>>>>> "Hélder" == Hélder Máximo Botter Ribas <helderribas at gmail.com> writes:
>
>    Hélder> Mas em que momento eu falei que uma linguagem é melhor que a
>    Hélder> outra, soh falei que python não permite fazer algumas
>    Hélder> aberracoes que perl, o que de certa maneira é verdade, visto
>    Hélder> que o espacamento determina o bloco, mas isso é mais culpa
>    Hélder> do programador perl do que uma suposta sanidade do
>    Hélder> programador python.
>
> "aberração" é um termo pejorativo nesse contexto então quando você fala
> que perl permite aberrações e python não, está necessariamente
> implicando que uma é melhor do que a outra. Pelo visto, se refere à
> identação do código, que apesar de ser um elemento importante da escrita
> do código, não é o suficiente para impor legibilidade. Olha uma
> submissão do pycontest, por exemplo:
>
Concordo contigo nesse ponto, soh queria dizer que ajuda a eliminar
algumas coisas que podem ser consideradas aberrações.

E qualquer pessoa pode escrever um codigo ruim em python, eu só tava
tando exemplificar uma comparação que existe entre python e perl,
sabemos que eh uma comparação falha mas é muito utilizada.

> http://www.pycontest.net/htdocs/submissions/cb31844f2d0ca561d1449e2b5debe28dab420a05.py
>
> Mas sim, existe um estigma de que python é mais legível do que outras
> linguagens, meramente porque o whitespace é significativo. Eu
> particularmente não gosto muito dessa abordagem em linguagens
> imperativas, mas aí é uma coisa pessoal.
>
>    Hélder> E por via de regra, um bom programador na linguagem X
>    Hélder> consegue ser um bom programador em outras linguagens, e um
>    Hélder> mal programador consegue fazer cagada em diversas.
>
> Discordo, acho que existe essa possibilidade, mas não é "via de regra"
> não, já vi muitos bons programadores não conseguirem fazer a mudança de
> paradigma entre imperativo e funcional ou imperativo e lógica
> declarativa, ou raios, muitos programadores não conseguiram fazer a
> transição entre procedural e orientação a objetos e pouquíssimas pessoas
> sabem escrever SQL direito (é por isso que os DBA's são tão
> bem-pagos). Eles fazem cagada em um lugar e coisas geniais em outros
> porque conseguem trabalhar melhor com um paradigma do que com outro.
>

Concordo contigo, tentei explicar melhor na resposta ao Blabo,
exagerei no consegue, deveria ser mesmo possibilidade.

>    Hélder> Programas são pensamentos, mas as qualidades de implementações de cada
>    Hélder> linguagem pode ajudar no desempenho e velocidade de desenvolvimento.
>    Hélder> Mas claro, diversas variáveis podem ser aplicadas.
>
>    Hélder> Mas dai é questão de implementação da linguagem, e não estou
>    Hélder> comparando outras coisas, um programador bom em uma linguagem X saberá
>    Hélder> tirar o melhor possivel dentro das qualidades da linguagem, pelo menos
>    Hélder> se espera.
>
> Mas aí é que tá, implementação, sintaxe e utilização da linguagem não
> são ortogonais, esses três aspectos são muito interdependentes.
>
>    Hélder> E na boa, apelar para whitespaces e brainfuck é um bom exagero neh,
>    Hélder> achei que o assunto iria se ater nas linguagens mais utilizadas no
>    Hélder> mercado comercial de desenvolvimento, colocando linguagens como
>    Hélder> brainfuck chega a ser um exagero desnecessário na sua argumentação e
>    Hélder> não invalida a minha afirmação que cada linguagem tem os seus pós e
>    Hélder> contras.
>
> Porque é "apelação"? Brainfuck não é uma linguagem? Quer dizer que como

Falei que foi apelação no intuito de desqualificar a minha
argumentacao que as linguagens tem os seus pós e contras. Mas blz, é
uma linguagem com suas especificacoes como qualquer outra.

> aplicadores de tecnologia temos que nos ater ao que é mais usado sem
> investigar as alternativas e possibilidades novas que vão surgindo?
> Desse jeito estaria todo mundo programando com máquinas de tear até
> hoje. Eu particularmente dou chance a todas as linguagens, velhas, novas
> e impopulares, não só as que são "mais utilizadas no mercado comercial
> de desenvolvimento", inclusive porque esse não é o único mercado que
> existe. Tem o setor público, militar, acadêmico, etc. Inclusive, nesses
> setores, a realidade cultural de aceitação de linguagens é drasticamente
> diferente do que no mundo comercial.
>

Concordo que temos que dar chances paras todas as linguagens, devemos
sempre ter um tempo para lermos sobre as linguagens que aparecem, nem
que o maximo que for fazer vai ser escrever apenas um hello world,
conhecimento nunca é demais.

>    Hélder> Cara, leia o livro que eu indiquei, ele trata mais da parte de
>    Hélder> arquitetura e trata aspectos de diversas linguagens aonde decisões de
>    Hélder> implementação acabam afetando ou criando diferenciais.
>
> Ok, tá na lista. Eu li o Dragon Book (Aho/Ulman), que consta na
> bibliografia desse livro, recomendo também.
>

Sim, já li esse também, esse é dos bons, leitura mais que obrigatória.

>    Hélder> Sem falar que, uma coisa são as qualidades/pós/contra da linguagem,
>    Hélder> outra é a comunidade formada ao seu redor.
>
> Particularmente, acho que a comunidade é mais importante. Não fosse esse
> o caso, eu estaria programando em Haskell. Se bem que a comunidade
> haskell está progredindo em níveis alarmantes.
>

Concordo que a comunidade é o mais importante, é ela que investe tempo
na popularização, escreve documentação e por ai vai, uma comunidade
atuante é de suma importancia para fazer uma linguagem crescer.

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