[SP-pm] Quando alguém disser que Java é melhor que Perl:

Eden Cardim edencardim at gmail.com
Thu Nov 11 05:09:07 PST 2010


>>>>> "Hélder" == Hélder Máximo Botter Ribas <helderribas em gmail.com> writes:

    Hélder> Mas em que momento eu falei que uma linguagem é melhor que a
    Hélder> outra, soh falei que python não permite fazer algumas
    Hélder> aberracoes que perl, o que de certa maneira é verdade, visto
    Hélder> que o espacamento determina o bloco, mas isso é mais culpa
    Hélder> do programador perl do que uma suposta sanidade do
    Hélder> programador python.

"aberração" é um termo pejorativo nesse contexto então quando você fala
que perl permite aberrações e python não, está necessariamente
implicando que uma é melhor do que a outra. Pelo visto, se refere à
identação do código, que apesar de ser um elemento importante da escrita
do código, não é o suficiente para impor legibilidade. Olha uma
submissão do pycontest, por exemplo:

http://www.pycontest.net/htdocs/submissions/cb31844f2d0ca561d1449e2b5debe28dab420a05.py

Mas sim, existe um estigma de que python é mais legível do que outras
linguagens, meramente porque o whitespace é significativo. Eu
particularmente não gosto muito dessa abordagem em linguagens
imperativas, mas aí é uma coisa pessoal.

    Hélder> E por via de regra, um bom programador na linguagem X
    Hélder> consegue ser um bom programador em outras linguagens, e um
    Hélder> mal programador consegue fazer cagada em diversas.

Discordo, acho que existe essa possibilidade, mas não é "via de regra"
não, já vi muitos bons programadores não conseguirem fazer a mudança de
paradigma entre imperativo e funcional ou imperativo e lógica
declarativa, ou raios, muitos programadores não conseguiram fazer a
transição entre procedural e orientação a objetos e pouquíssimas pessoas
sabem escrever SQL direito (é por isso que os DBA's são tão
bem-pagos). Eles fazem cagada em um lugar e coisas geniais em outros
porque conseguem trabalhar melhor com um paradigma do que com outro.

    Hélder> Programas são pensamentos, mas as qualidades de implementações de cada
    Hélder> linguagem pode ajudar no desempenho e velocidade de desenvolvimento.
    Hélder> Mas claro, diversas variáveis podem ser aplicadas.

    Hélder> Mas dai é questão de implementação da linguagem, e não estou
    Hélder> comparando outras coisas, um programador bom em uma linguagem X saberá
    Hélder> tirar o melhor possivel dentro das qualidades da linguagem, pelo menos
    Hélder> se espera.

Mas aí é que tá, implementação, sintaxe e utilização da linguagem não
são ortogonais, esses três aspectos são muito interdependentes.

    Hélder> E na boa, apelar para whitespaces e brainfuck é um bom exagero neh,
    Hélder> achei que o assunto iria se ater nas linguagens mais utilizadas no
    Hélder> mercado comercial de desenvolvimento, colocando linguagens como
    Hélder> brainfuck chega a ser um exagero desnecessário na sua argumentação e
    Hélder> não invalida a minha afirmação que cada linguagem tem os seus pós e
    Hélder> contras.

Porque é "apelação"? Brainfuck não é uma linguagem? Quer dizer que como
aplicadores de tecnologia temos que nos ater ao que é mais usado sem
investigar as alternativas e possibilidades novas que vão surgindo?
Desse jeito estaria todo mundo programando com máquinas de tear até
hoje. Eu particularmente dou chance a todas as linguagens, velhas, novas
e impopulares, não só as que são "mais utilizadas no mercado comercial
de desenvolvimento", inclusive porque esse não é o único mercado que
existe. Tem o setor público, militar, acadêmico, etc. Inclusive, nesses
setores, a realidade cultural de aceitação de linguagens é drasticamente
diferente do que no mundo comercial.

    Hélder> Cara, leia o livro que eu indiquei, ele trata mais da parte de
    Hélder> arquitetura e trata aspectos de diversas linguagens aonde decisões de
    Hélder> implementação acabam afetando ou criando diferenciais.

Ok, tá na lista. Eu li o Dragon Book (Aho/Ulman), que consta na
bibliografia desse livro, recomendo também.

    Hélder> Sem falar que, uma coisa são as qualidades/pós/contra da linguagem,
    Hélder> outra é a comunidade formada ao seu redor.

Particularmente, acho que a comunidade é mais importante. Não fosse esse
o caso, eu estaria programando em Haskell. Se bem que a comunidade
haskell está progredindo em níveis alarmantes.

-- 
Eden Cardim
Software Engineer
+55 73 9986-3963
edencardim.com


More information about the SaoPaulo-pm mailing list