[SP-pm] SaoPaulo-pm Digest, Vol 71, Issue 49

thiagoglauco at ticursos.net thiagoglauco at ticursos.net
Fri Aug 20 10:47:39 PDT 2010


Nossa... chegamos tao longe apenas por que alguém disse que o Perl tem  
a sintaxe estranha...

Quoting Blabos de Blebe <blabos em gmail.com>:

> Putz, a essa altura da vida eu ainda achava que o superlativo feminino
> de doce fosse dulcílima.
>
> edenc++
>
> Vivendo e aprendendo :)
>
> Wesley
>
> 2010/8/20 Eden Cardim <edencardim em gmail.com>:
>>>>>>> "Pinguim" == Pinguim Azul <bluepenguin em gmail.com> writes:
>>
>>    Pinguim> Assim você está dando mais força pro meu argumento ué. A
>>    Pinguim> norma gramatical que se ensina nas escolas *não é* uma
>>    Pinguim> linguagem natural.  Linguagem natural é aquilo que falamos
>>    Pinguim> nas ruas, com erros e ambiguidades, onde as pessoas falam
>>    Pinguim> seu ao invés de teu. A gramática formal que está nos livros
>>    Pinguim> de português é uma abstração que não reflete os que as
>>    Pinguim> pessoas falam (ou, de outra maneira, é uma construção
>>    Pinguim> artificial que tenta desambiguar a linguagem realmente
>>    Pinguim> falada pelos humanos).
>>
>> Eu não fiz nenhuma pesquisa formal a respeito, mas eu acho que esse tipo
>> de erro só se propaga porque a compreensão é viável na maior parte dos
>> casos. A linguagem vai evoluindo por conta disso, quem usa a linguagem
>> vai refinando e eventualmente alguns termos novos entram em uso e outros
>> em desuso. O meu ponto é de que o teu exemplo não era ambíguo mas ter um
>> de um certo nível de compreensão da linguagem é requerido, tanto em
>> linguagens humanas quanto em linguagens de computador.
>>
>>    Pinguim> Eu discordo disso também, via de regra não há compreensão
>>    Pinguim> não! Quando eu estou falando com alguém, eu sempre tenho
>>    Pinguim> que desambiguar a força o que está sendo falado. Por
>>    Pinguim> exemplo: "Quer ali comigo?" "Ali onde?". A primeira frase
>>    Pinguim> era ambígua, e você precisou fazer uma pergunta para poder
>>    Pinguim> entender qual era o significado de ali. Se você consegue
>>    Pinguim> falar com as pessoas sem nunca perguntar nada que não
>>    Pinguim> entendeu, então parabéns, eu não tenho essa manha não :)
>>
>> Esse exemplo não procede, se você não tivesse entendido o significado,
>> você responderia "Ahn?!" e não "Ali onde?". Esse é um problema de
>> interface, não de linguagem.
>>
>>    Pinguim> (E em outras linguas é ainda pior que no português. No
>>    Pinguim> japonês, por exemplo, a incidência de homonimos é tão
>>    Pinguim> grande que não tem jeito de escrever o que está sendo
>>    Pinguim> falado sem perder informação. Por isso que eles precisam de
>>    Pinguim> ideogramas, só assim pra diferenciar hashi=ponte de
>>    Pinguim> hashi=palitinhos, já que em kanji são dois símbolos
>>    Pinguim> diferentes).
>>
>>    Pinguim> Agora, o problema de modelar linguas de computador em
>>    Pinguim> linguas humanas é que o computador não pode te perguntar o
>>    Pinguim> que você realmente queria dizer. Ou melhor, até pode,
>>    Pinguim> quando ele te dá um warning de compilação é um tipo de
>>    Pinguim> pergunta pra saber o que você realmente quis dizer. Pra
>>    Pinguim> mim, o ideal seria poder se expressar sem ter que ficar
>>    Pinguim> lidando com ambiguidade. Mas isso é IMHO é claro.
>>
>> Na minha opinião, poder esquecer dos detalhes de sintaxe da linguagem
>> enquanto você pensa é muito mais produtivo do que ter que lidar com o
>> problema *e* a linguagem ao mesmo tempo, afinal de contas, um computador
>> consegue detectar ambiguidade com mais eficiência do que um humano. Em
>> perl acontece muito isso, você sai escrevendo código e a depender do
>> contexto, sua expressão pode ser ambigua ou não, e o analisador
>> sintático só vai reclamar nos lugares em que de fato ocorreu
>> ambiguidade. Enquanto que numa linguagem "menos humana" você teria que
>> corrigir a ambiguidade em todos os lugares. Mas a questão nem é tanto
>> essa da avaliação, é que quando você passa a enxergar programação como
>> uma coisa humana e a linguagem te fornece artifícios para trabalhar
>> dessa forma, algumas expressõs que seriam "estranhas" se interpretadas
>> formalmente, passam a ser naturais:
>>
>> # "E aí gata, tá afim?"
>> my $content = do { local( @ARGV, $/ ) = $file ; <> }
>>
>> # "Dulcíssima dama, poderias, por gentileza, me conceder a honra de
>> #  copular contigo?"
>>
>> sub BLOCK_SIZE { 1024 }
>> open(my($fh), '<', $file) or die "Couldn't open file: $!";
>> my $content;
>> 1 while $fh->read($content, BLOCK_SIZE) == BLOCK_SIZE;
>>
>> Morando no Brasil, falando português e tendo mais de 12 anos de idade,
>> você não deveria ter problema algum para compreender as duas
>> construções acima.
>>
>> --
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