[Rio-pm] Perl em desuso??

Leo Balter leonardo.balter em gmail.com
Terça Abril 24 07:24:33 PDT 2012


Pessoal,

permitam-me responder com a minha experiência fora do Perl.

Sou Representante Mozilla no Brasil -
https://reps.mozilla.org/u/leobalter/- e muito se fala do "Firefox
está perdendo o lugar para o Chrome" e
consequentemente "Firefox está em desuso".

Parece a mesma história de falar que uma linguagem de programação está em
desuso.

Tanto em um produto (browser) quanto em uma linguagem (Perl), não buscamos
monopólio, não buscamos sermos os únicos. A troca de experiência entre
pessoas que vivem ambientes diferentes também é muito rica, o importante é
mantermos a nossa presença e criarmos - de forma saudável - a nossa
concorrência.

O Firefox foi criado em uma época em que tinhamos um único browser com 99%
de market share, e nessa mesma época muito pouco se evoluiu em relação a
uma web aberta. Nossa missão era criar essa concorrência, pois a disputa
faz com que todos corram mais para trazer melhorias interessantes. Hoje, o
Firefox não está nem perto de estar "perdendo", estaremos ganhando sempre
quando houver disputa no mercado e fazemos a nossa parte.

Da mesma forma que no Perl eu percebo uma comunidade fortíssima e dedicada.
Temos desenvolvedores de excelente qualidade. Sinceramente, não precisa ser
maioria. Muitas vezes, como já dizia o ditado: a maioria é burra.

O que mais precisamos no Perl nós já temos: uma comunidade bem formada com
profissionais de alta qualidade que conseguem dedicar tempo para auxiliar
outros novos que ainda necessitam conselhos e explicações.

Uma das linguagens mais utilizadas hoje em dia é o JavaScript, e só a pouco
tempo que começou a solidificar comunidades em qualquer parte do mundo. Não
existe algo tão firme quanto os Perl Mongers, apesar de toda popularidade.
Digo isso com propriedade, já que sou especializado em JavaScript e estou
100% envolvido com as comunidades relacionadas.

Outra dica foi algo que já falaram. Comunidades não precisam de fanatismos,
esse é um dos piores aspectos que podem surgir. Precisamos respeitar e
aprender com as diferenças, pois assim conseguimos o meio mais fácil para
também adquirirmos o expertise de quem inovou em algo com outra linguagem.
Um bom exemplo é o que tenho aprendido com a RioPM e trazido para a
comunidade RioJS.

Outro detalhe, fanáticos são simplesmente trolls, e existem em qualquer
comunidade. Como diz a regra: ignore-os.

Grande abraço!
Leo Balter

2012/4/24 Cleysinho <cleysinhonv em gmail.com>

> Em alguns artigos que li, python estava sendo utilizado pelo fato de
> aprendizado de máquina. Visto que as tomadas de decisões de um programa
> fossem baseadas em probabilidade, é ai que entram os cálculos. Python
> contém alguns módulos para filogenia que segundo os estudos montaram uma
> árvore filogenética alguns segundos mais rápido.
>
> 2012/4/23 Aureliano Guedes <guedes_1000 em hotmail.com>
>
>>  Sim, não me excluo dessa massificação, mesmo porque eu mesmo me inclui
>> quando redigi a resposta. Mas se pegarmos todos que sabem escrever um "Ola
>> Mundo" em alguma linguagem, e que não são dotados de um curso especifico na
>> area de computação, pode observar que boa parte programa nas mesmas
>> linguagens "modinha", como java e Delphi e C#, dentre ela Delphi que é bem
>> conceituada, me pergunto por que elas. Mas pode observar que essa classe de
>> programadores (ou POGramadores, eu use o termo que preferir) estabelecem um
>> vinculo eterno apenas com uma linguagem, raramente aprende outras. Eu
>> comecei por uma linguagem que demorei achar(fisicamente falando, ou melhor,
>> fora da internet) alguem que conhecesse Perl a ponto de programar em Perl,
>> logo vejo que não comecei por modinhas. Ainda, programo em Python tambem,
>> comecei a estudar um pouco de C. Mas veja como são as coisas, eu,
>> particularmente falando, me interessei e gostei da coisa de programar, sei
>> que não sou nem de longe ruim (pois sou pessimo), mas tento fazer o
>> possivel pra melhorar, e em 6 meses eu melhorei 200%, mas ainda esta milhas
>> de distancia de ser bom o sufuciente.
>> Acho que sim, pode fechar a thread.
>> Mas so devo corrigir uma coisa, Python é usada na bioinformatica porque
>> precisamos de codigos que seja possivel serem editados, para isso temos um
>> foco em duas linguagens script, Perl e Python, por Python ser completamente
>> orientada a objetos, facilita a criação de codigos que tem rotinas que
>> sempre são incluidas, Perl ainda continua pois os bioinformatas sabem que é
>> possivel criar objetos tambem, Python entrou porque acham que a linguagem é
>> mais clara que Perl (particularmente eu descordo, mas é minha opinião).
>>
>> ------------------------------
>> From: bruno.buss em gmail.com
>> Date: Mon, 23 Apr 2012 18:09:12 -0300
>>
>> To: rio-pm em pm.org
>> Subject: Re: [Rio-pm] Perl em desuso??
>>
>> 2012/4/23 Aureliano Guedes <guedes_1000 em hotmail.com>
>>
>>  Vou defender um pouco Python. Apesar de achar chato tudo ter que ser
>> objeto e achar frescura o esse negocio de identação,
>> é uma linguagem com grande desempenho quando falamos de calculos, por
>> isso muito ultilizada na bioinformatica,
>>
>>
>> Não, ela é utilizada na bioinformática por ser fácil e ter um desempenho
>> razoável.
>> Se somente um "grande desempenho com cálculos" fosse necessário, todos em
>> bioinformática programariam em assembly.
>>
>>
>> o fato do google
>> ter apostado nessa linguagem coopera muito com o crescimento dela, e a
>> comunidade python é empenhada, mas isso não tira o fato de eu
>> achar "modinha", quando falo que caiu na modinha não quero desmerecer a
>> lingugagem e sim a massificação de programadores.
>>
>>
>> Essa é a mesma massificação que permite que *você* consiga programar. Sim
>> *você*.
>> *Você* que nunca estudou formalmente computação, que não tem
>> conhecimentos básicos sólidos de arquitetura, algoritmos, linguagens de
>> programação, join(',', @outras_materias_de_computacao).
>> *Você* que é formado em outra área, mas é capaz de aprender a programar
>> para adiantar sua vida, já que temos a disposição máquinas com muitos
>> recursos totalmente sub-utilizadas.
>> *Você* que pega um livro qualquer sobre uma linguagem qualquer e depois
>> de alguns poucos dias se diz programador (mesmo iniciante). Estou pra ver o
>> dia que eu sair com uma faca, rasgando pessoas pela rua se elas vão me
>> chamar de médico ou cirurgião.
>>
>> *Você* é o fruto dessa "massificação de programadores". *Você* faz parte
>> integral dela.
>> A menos que você esteja utilizando um dos argumentos mais sem sentido (ou
>> com uma lógica tão bonita e delicada que eu não consigo notar), não fale
>> contra o seu próprio grupo ;)
>>
>> Desculpe pelo "reality check" ;)
>>
>> Graças a "massificação dos programadores", acabamos por ver códigos
>> macarrônicos, sem sentido, etc. Mas ao mesmo tempo, la no fundo, nos
>> sentimos felizes que outras pessoas estão descobrindo essa atividade que
>> nos da tanto prazer ;)
>>
>>
>>
>> Talvez esteja relacionado
>> a: "tem emprego". Mas um programador no Brasil deve escolher a linguagem
>> de acordo com a disponibilidade de emprego, assim como o vestibulando
>> escolhe de acordo
>> com o curso que da mais dinheiro (medicina, direito, engenharia civil),
>>
>>
>> Quem escolhe curso superior porque "da mais dinheiro" não tem o mínimo
>> conceito da minha parte.
>>
>> Como o Breno disse... programador *bom* em [qualquer linguagem], tem
>> emprego garantido. Até porque programador bom, dificilmente fica preso em
>> alguma linguagem...
>>
>>
>>
>>  eu mesmo nunca vi oferta de emprego para programador em C, uma vez na
>> minha vida vi ofertar para C++.
>>
>>
>> Você está olhando nos lugares errados, como já disseram ;)
>>
>>
>> Agora a massificação do programador ("vou programar na mesma linguagem da
>> galera") não deve ser descartado, pois é igual ver Big Brother, isso atinge
>> não programadores experientes,
>> mas sim novatos (assim como eu, mas eu vim de outro ambiente, vim das
>> biologicas).
>>
>>
>> Viu como você faz parte desse movimento todo que você se diz contra? :)
>>
>>
>>
>> Quanto a Ruby, continuo achando que e uma linguagem criada de certa forma
>> para competir com Perl, as caracteristicas da linguagem remetem a isso,
>> desde a sintaxe,
>> so que uma tentativa frustada, desculpem-me mas "o programador Ruby
>> programa em Perl 2.0 e não sabe, quando descobre migra para Python (mas
>> aprende whitespace primeiro)".
>>
>>
>> 1) Python, PHP e Ruby são "filhotes" de Perl. Até onde sei, isso nunca
>> foi escondido.
>> 2) Se Ruby é o Perl 2.0, então deve ser ruim mesmo porque o Perl já está
>> no 5.14 =P
>>
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>> http://www.brunobuss.net
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