[Cascavel-pm] Google App Engine

Nilson Santos Figueiredo Junior acid06 em gmail.com
Domingo Abril 13 09:37:36 PDT 2008


2008/4/13 Daniel Ruoso <daniel em ruoso.com>:
>  O resultado disso, bem, todos conhecemos, infelizmente. A década de 80
>  foi a idade das trevas na música em quase todo o mundo, porque as
>  gravadoras conseguiam emplacar a pior porcaria que uma massa de
>  consumidores estaria disposta a consumir, e conseguiam trabalhar com os
>  mecanismos de "opinião pública" (rádio, tv etc) para fazer com que isso
>  fosse "o suficiente".

Eu não sei, eu gosto de muita música dos anos 80. O final da década de
70 e início da década de 80 foi muito produtivo, principalmente na
Inglaterra:
- Bauhaus (78-83)
- The Cure (76-presente, e as melhores foram produzidas na década de 80)
- Joy Division (tá, eles terminaram em 80, mas foram lançados CDs
ainda em 81 e 86, se não me engano)
- Siouxsie & The Banshees (78-95, maior parte da atividade na década de 80)
- entre outros

Depois, o final da década de 80 e pegando o início da década de 90
também foi muito produtivo com Sisters of Mercy, Conteau Twins, The
Mission, Christian Death, entre outros.

E isso porque me restringi apenas a um genêro de música, se fosse
partir pra outro gênero, como o metal, teria o Metallica, que surgiu
em 81 e teve todos os seus clássicos (Master of Puppets, etc) gravados
na década de 80.

Enfim, poderia continuar citando mas isso é sem sentido. Foi só pra
ilustrar que seu argumento era falso. Independente de qualquer
monopólio, boa música surgia.

E, sinceramente, mesmo se fossemos falar das porcarias... eu prefiro
escutar a Cindi Lauper cantando do que ter que ouvir "dança do créu".

>  Isso na verdade é a outra parte daquele email que eu mandei. Eu hoje já
>  tenho certeza que estamos vivendo a bolha das .com 2.0 (ironicamente até
>  chamam de web 2.0), e isso me dá uma certa tranquilidade por saber que
>  essa insanidade deve acabar a qualquer momento.

Acho que tem uma diferença de hoje do que aconteceu em 2000: hoje as
empresas não estão jogando milhões de dólares em qualquer uma que
aparece por aí. Existem milhões de startups surgindo e desaparecendo
mas o dinheiro circulando é melhor. Por outro lado, as que são vistas
como bem-sucedidas recebem um volume de dinheiro bem maior do que os
padrões da época da bolha das .com. Infelizmente, eu não sei prever o
resultado disso.

>  ?!?!?! o que diabos isso tem a ver com o assunto? Você está querendo me
>  dizer que você usaria o Google Engine numa aplicação para um cliente
>  final? E você acha que isso é positivo? Você acha realmente que depender
>  da infra-estrutura do google é o melhor para as suas aplicações? melhor
>  do que em um ambiente onde você controla, você sabe o que acontece com
>  os dados?

Em algumas circunstâncias, sim.

>  Uma última pergunta, você por um acaso não estaria trabalhando em uma
>  empresa .com 2.0^W^W web 2.0, estaria?

Bom, acho que alguns da lista sabem que eu trabalho em uma empresa que
é *bem* "web 1.0" (sim, um-ponto-zero). Na verdade, 1.0 até demais.
;-).

É uma empresa privately funded que sobreviveu à primeira bolha das
.com porque era lucrativa e é lucrativa desde então. Por isso, não
estava e não está sujeita aos efeitos de uma bolha. Por outro lado,
ela nunca "estourou" e virou um sucesso da internet, por bem ou por
mal.

Mas eu, particularmente, acharia interessante trabalhar em empresas
web 2.0 genuínas, infladas com venture capital e sujeitas à uma
explosão à qualquer momento da nova bolha (que os apocalípticos chutam
que irá ocorrer lá pra 2010). O tipo de desafio presente nessas
empresas é, muitas vezes, mais interessante e, normalmente, existe uma
cultura de cultuação aos aspectos técnicos em detrimento dos processos
de negócios.

-Nilson Santos F. Jr.


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