[Cascavel-pm] para refletir

Diego Luis Kreutz kreutz em inf.ufsm.br
Segunda Março 15 11:08:16 CST 2004


>    Saudações, Diego!
>    Espero vê-lo pessoalmente em nosso encontro, sábado que vem, para uma 
> 'breja!
Aonde sera o encontro? :) Dependendo das condicoes "climaticas" e 
financeiras, teria o maior prazer em participar. :)

> 
> Diego Luis Kreutz wrote:
> > Deveria-se estabeler, antes de mais nada, formas de valorizar competencias ao
> > inves de ficar preocupado e dando importancia a titulacoes e certificacoes. 
> 
>    E uma forma de se valorizar competências não pode ser algo como um 
> "exame de ordem" ou coisa parecida, mas talvez mais específica?
> 
Eh, um "exame de ordem", "qualificacao" (baseada meramente em titulacoes e 
tal) nao seriam boas opcoes de valorizar competencias. :) 
Tomando o exemplo de uma suposta empresa em especifico. Digamos que 
estamos trabalhando com um empresa que desenvolve solucoes na area de 
seguranca de redes. Obviamente essa empresa possui clientes, que demandam 
certas necessidades, e ainda desenvolve, provavelmente, solucoes proprias. 
Como realizar uma "selecao" que valorize competencias? Talvez uma forma 
fosse promover alguns "dias de integracao" entre os candidatos e alguns 
funcionarios da empresa, procurando identificar aqueles que se adaptam ao 
"perfil" e "necessidades" da empresa. Neste caso, os talentos e 
competencias sobressairiam-se na hora de propor, apresentar, visualizar e 
implementar solucoes e novas estrategias. 
Essa nao seria uma forma alternativa de 
encontrar verdadeiros talentos e competencias? Uma forma de identificar
profissionais capacitados a resolver problemas, inovar e fazer a 
diferenca para a empresa? Talvez nao seria a melhor forma de fazer a 
"selecao". Mas jah seria uma chance a mais aos profissionais de gabarito, 
nao titulados ou certificados.
Uma empresa competente e que valorize seu crescimento e qualificacao no 
mercado se recusaria a investir um pouco mais, sabendo que os retornos 
poderao ser muito melhores e mais frutiferos?

> > E, na minha opiniao, seria tao facil para uma empresa fazer isso. 
> > Alias, qualquer 
> > empresa, seria e competente, que contrate profissionais para areas afins da
> > computacao, deviria ter um sistema diferenciado de selecao de candidatos.
> 
>    Normalmente, selecionar profissionais com rigor envolve muito 
> conhecimento da tecnologia e do processo. Isso custa caro.

Discordo. Acredito que um bom gerente de desenvolvimento, ou ateh mesmo 
um bom e capacitado desenvolvedor, que acredito toda empresa competente 
deva ter, eh o suficiente para aplicar "exames" criativos e distintos 
para a selecao de bons profissionais. Apenas talvez seja necessario o 
diretor ou responsavel pela empresa ser capaz de visualizar e dar partida 
nesse processo. 

Normalmente qualquer empresa que trabalhe com uma 
determinada tecnologia possui em seu time profissionais com altos 
conhecimentos da tecnologia e do processo. Basta saber lidar com essa
mao de obra especializada que ela sera facilmente o suporte para a 
conducao de um processo de selecao de novos e competentes profissionais.
Qualquer bom gerente de TI, ou outra coisa similar, deveria ser, no 
minimo, capaz de lidar com isso.

>    Por outro ângulo, "bons profissionais", selecionados "a dedo" por 
> empresas de renome, vão desejar (automaticamente, IMHO) salários mais 
> altos. Isso significa "gastos extras". Qualquer empresa hoje está 
> fugindo o mais e melhor que pode disto, seja "terceirizando" TI (quando 
> não faz parte do "core business") seja contratando profissionais menos 
> experientes e correndo riscos muito altos (IMHO) com isso.
> 
Ai entra uma questao chave para qualquer empresa. Os gerentes e 
responsaveis pela mesma devem, no minimo, ser qualificados e competentes o 
suficiente para realizar uma analise de custos e retorno, nao soh a curto 
prazo, mas tb a medio e longo prazo. Isso tb envolve riscos. Mas, ao meu 
ver, estrategias e planos envolvendo profissionais "mais caros" trarao 
menos riscos e rendimentos provavelmente, consideravelmente, superiores, 
se comparados ao uso se profissionais menos competentes. Prefiro utilizar o 
termo competente ao inves de experientes. Pois, ateh onde venho observando 
o comportamento do mercado e da sociedade em geral, cada vez menos a mera 
experiencia faz a diferenca. Cada vez mais a competencia, criatividade, 
ousadia e inovacao eh quem fazem a maior diferenca. E isso pode nao 
depender tanto assim da experiencia.
E preciso antes de mais nada capacidade, visao e consciencia. Sem isso, a 
experiencia muito pouco acrescenta. Nao estou falando de um ou dois casos.
Conheco inumeros casos em diversas areas onde nao eh a experiencia que 
conta mais alto. As vezes a experiencia, nas maos erradas, conta ateh 
negativamente. Experiencia somente eh valida quando aliada a visao, a 
criatividade e acoes que farao uma maior diferenca. 

> > As empresas, e todos nos, ganhariamos com isso. Pois assim seriam valorizados
> > os profissionais competentes e capacitados e nao os meramente
> > titulados/certificados. 
> 
>    Desculpe a minha falta de visão estratégica, mas o que uma empresa 
> pode ganhar selecionando profissionais competentes e ao mesmo tempo 
> procurando "achatar" o mais possível seus salários?
>
Pelo que tenho visto e acompanhado, ao menos de empresas da regiao de 
POA-RS e algumas outras mais, as empresas estao investindo sim em 
profissionais competentes. E nao consigo visualizar tanto assim a opcao 
"achatar" salarios. 
Ao menos nao a profissionais realmente competentes. Tenho varios 
exemplos disso. E tenho visto empresas investindo e fazendo boas propostas
a profissionais de gabarito (inclusive profissionais sem certificacao e 
diplomacao "alguma"). Talvez minha visao seja um pouco restrita e 
localizada. Mas essa eh uma realidade que vislumbro e vivencio. Por que 
essas empresas sabem que esses profissionais de gabarito serao um bom 
investimento e trarao bons retornos a curto, e ,principalemnte, a medio
e longo prazo. Sao empresas que nao tem uma visao pequena e imediatista.
Sao empresas que ousam e querem mostrar que sabem fazer a diferenca. 
Sao empresas que conquistarao a confianca e credibilidade de grandes 
e fieis compradores.

>    Eu vejo titulações e certificações como parâmetros mínimos para 
> negociação, também. Você já pensou em (?:titulações|certificações) como 
> amplificadores do seu poder de barganha?
> 
Sim, nao sou totalmente contra titulacoes e certificacoes. Estas, quando 
bem aplicadas e conduzidas, podem ser muito boas em termos de 
aumento do conhecimento e reconhecimento perante o mercado de trabalho. 
Apenas nao concordo que estas devam ser os principais parametros de 
qualificacao e classificacao de profissionais. Um profissional com visao, 
criatividade e que faz juz as suas certificacoes e titulacoes tem tudo 
para ser um grande e competente profissional.

> > Assim, teriamos produtos melhores e clientes mais satisfeitos. :) Isso seria
> > perfeitamente possivel mesmo na critica situacao politica e economica que
> > nos encontramos.
> > 
>    Será que as empresas realmente querem melhorar seus produtos, sempre?
>    Será que os diretores, gerentes e administradores destas empresas não 
> estão vendo a atual situação do mercado com "instinto de sobrevivência", 
> e pensando sempre em manter ganhos e reduzir "custos"? Será que não 
> impera entre este pessoal a filosofia do "'Ótimo' é o Inimigo do 'Bom'"?
> 
Nao sei se as empresas realmente querem melhorar seus produtos sempre.
Me refiro a empresas de segunda categoria e as de fundo de quintal. 
Que muitas vezes iludem, enganam e "trapaceiam" seus consumidores. Uma 
verdadeira vergonha. Que deveria ser combatida e "aniquilada".

Sabe-se que hoje jah existem cada vez mais consumidores preocupados mais 
com a qualidade e nao apenas com o custo. Pois em grande parte das vezes
uma maior qualidade representa mais retornos e menos gastos a medio e 
longo prazo. O grande problema eh que poucos visualizam isso. Como disse 
antes, a maioria ainda vive em um mundo de ilusoes imediatistas. Nao eh 
atoa que o nosso pais encontra-se nessa grave situacao politica, social e 
economica.

O bom ateh pode ser inimigo do otimo. Mas isso nao quer dizer que solucoes 
boas sejam mais vantajosas e trarao melhores retornos em um futuro 
proximo. Muitas vezes vive-se o presente esquecendo de planejar e 
projetar o futuro. Isso nos leva a viver amarrados em uma forca, que pode
estrangular o "individuo" a qualquer momento. Nao eh atoa que toda hora 
aparecem falencias e concordatas. :)

>    Ainda refletindo... >    Putamplexos! > -- 
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>    Luis Campos de Carvalho is BSc in Comp Science,
>    PerlMonk [SiteDocClan], Cascavel-pm Moderator,
>    Unix Sys Admin && Certified Oracle DBA
>    http://br.geocities.com/monsieur_champs/
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Abracos,

DLK



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