[SP-pm] off-topic: Encargos trabalhistas no Brasil
Leonardo Ruoso
leonardo at ruoso.com
Wed Mar 21 11:42:27 PDT 2012
Em Qua, 2012-03-21 às 14:52 -0300, Thiago Rondon escreveu:
> 2012/3/21 Nilson Santos Figueiredo Jr. <acid06 em gmail.com>:
> > Sem contar que comparar, por exemplo, um trabalhador da construção
> > civil brasileiro com um de outros países é como comparar bananas e
> > laranjas. O trabalhador "braçal" lá de fora é 2-3x mais produtivo que
> > o daqui, porque são utilizadas técnicas de construção bem mais
> > eficientes lá fora e as pessoas são efetivamente treinadas nelas.
> > (..)
>
> Nilson,
>
> Com todo respeito, mas eu não consigo entender muito este lance de
> "todo o mundo, menos o Brasil", ou "Só no Brasil", ... E fora que sou
> um pouco contra este negócio de culpar o governo para tudo.
>
> Me parece uma visão elitista, de que tudo fora é melhor, e olha que o
> fora é grande, não são só países desenvolvidos.
>
> Me parece mais justo dar nome aos bois.
O trabalhador português, espanhol, italiano, francês, grego… sabem
«viver a vida» muito mais que os brasileiros em geral. E o motivo pelo
qual eles estão fazendo greves e manifestações hoje deixaria os
metalúrgicos do ABC envergonhados…
E se a Peugeot, por exemplo, minimizou o investimento em maquinário em
sua montadora no Brasil, não foi pelo fato do brasileiro ser melhor ou
pior que o francês, mas pelo fato de que o custo da mão de obra do
metalúrgico brasileiro (uma das categorias mais bem organizadas) era tão
barato que os robôs ficariam obsoletos antes de se pagarem, enquanto a
mão de obra você demite, contrata e capacita conforme a demanda.
E se for para o norte da Europa, lá para os países escandinavos, daí é
que você ia se surpreender com coisas como o valor do equivalente ao
bolsa-família, com os alugueis que são controlados pelo governo e muito
mais.
Um brasileiro que ganha X reais por mês ficaria chocado em receber um
complemento Y reais por filho pelo fato de que o salário dele é
considerado baixo para uma família de quatro pessoas, por exemplo. Não,
eu não estou falando de um cara miserável, estou falando de alguém
formado, com especialização e que trabalha com desenvolvimento de
software. E o Y não seria 50 reais, mas 1.000.
>
> Abs!
> -Thiago Rondon
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