[Rio-pm] Perl em desuso??

Danillo Souza danillo012 em gmail.com
Quarta Abril 25 12:57:28 PDT 2012


Não vamos esquecer que mesmo que Perl muitas vezes não seja usada para
desenvolver o sofwtare X, ela pode ter auxiliado muito o processo de
desenvolvimento.
Exemplo disso é que no lugar onde eu trabalhava até ano passado, faziamos
vários scripts Perl pra automatizar certas coisas, como por exemplo, um que
fizemos
para mapear o BD em classes, sem contar com a tonelada de scripts que
ficava no servidor mantendo outros serviços mais críticos funcionando.

Se for contar assim, chuto que 60%+ dos softwares desenvolvidos hoje em dia
tem Perl como coadjuvante.

--
Danillo Souza
Teck Software
21.9619-6302



Em 25 de abril de 2012 16:46, Blabos de Blebe <blabos em gmail.com> escreveu:

> > Voltando à pergunta do Garu, sim, estão em desuso a longo prazo, mas o
> > problema mais emergencial agora é que os cérebros estão em desuso.
>
> Há quem discorde:
>
>
> http://terramagazine.terra.com.br/silviomeira/blog/2010/07/30/futuro-do-trabalho-software/
>
> 2012/4/25 Alexei Znamensky <russoz em gmail.com>:
> > Eu estava de camarote nessa história inteira, mas quero acrescentar uma
> > informação aqui, que tem a ver com algo que tem estado na minha cabeça
> já há
> > algum tempo.
> >
> > 2012/4/25 breno <breno em rio.pm.org>
> > [...]
> >>
> >> Ao meu ver, a falta de mão de obra especializada para arquitetura e
> >> desenvolvimento de software no Brasil afeta não só Perl, mas grande
> >> parte das linguagens de programação dinâmicas como Python e Ruby. Ou
> >> tá faltando gente ou empresas e desenvolvedores não estão conseguindo
> >> se encontrar. Analogamente, vejo também muita gente procurando
> >> soluções prontas (Drupal, Wordpress) para fazer suas startups, o que
> >> me leva a pensar: "programadores estão em desuso?"
> >
> >
> > Ontem, na fila de esperar para vacina a minha baixinha, tinha uma TV
> ligada
> > passando - acho - o Bom Dia Brasil, e deu uma notícia de que os bancos
> estão
> > tendo dificuldades em contratar... caixas. Por quê? Obviamente a função
> de
> > caixa não é exatamente uma função ilustre na hierarquia de um banco e com
> > certeza é menos bem remunerada, então é natural que eles contratem
> pessoas
> > mais novas e menos experientes para isso. Eles estão tendo uma grande
> > dificultade de encontrar pessoas nesse perfil de idade/experiência que
> > consigam dar o troco certo. As pessoas estão esquecendo como calcular.
> >
> > Eu acho que que a resposta a sua pergunta, Garu, a longo prazo, é: SIM,
> > obviamente. As coisas mais complicadas tendem a ficar sempre escondidas
> > atrás de alguma interface (em uma definição bem ampla e genérica), e a
> > tecnologia que foi utilizada antes acaba ficando segregada ou sumindo.
> > Ninguém aqui nesta lista saberia programar um ENIAC hoje. A trinta anos
> > atrás não existia "IDE", não havia debugadores integrados, etc.
> > Eventualmente, programação as we know it irá sumir, ou ficar escondida
> atrás
> > de diagramas bonitinhos que você só desenha, liga as caixinhas, configura
> > alguns parâmetros (quando muito), e a coisa toda funciona. Algo nessa
> linha
> > já existe hoje, e eu até trabalho com isso, mas ainda é algo caro e não
> > popularizado. Ainda. Me parece óbvio que soluções prontas que não
> precisem
> > de programação farão mais sucesso que soluções que envolvem programação
> > intensiva. Não acho que isso irá acontecer tão rápido (além de ser muito
> > mais complicado do que pode parecer em princípio, existem diversos
> fatores
> > de resistência das próprias pessoas), mas não acho que isso possa ser
> > evitado: é apenas uma questão de tempo até que o padrão seja "não
> > programar".
> >
> > O outro lado dessa moeda, ainda que causado por muitos outros fatores
> > atuando em conjunto (a simplificação de "interfaces" não será o bode
> > expiatório, principalmente no nosso país), é que está havendo uma
> > imbecilização em massa das pessoas, leia-se das gerações mais novas.
> Mídia
> > de massa, máquinas de propaganda, divulgação das bundas e depreciação do
> > pensamento, enfim, a lista é extensa. As crianças de hoje (entenda-se: a
> > maioria delas, não os casos de exceção que eu tenho certeza que serão
> vários
> > nesta comunidade) estão sendo ensinadas a não pensar, a não sentir, e a
> não
> > se respeitarem. Eu digo em várias ocasiões: "os idiotas são em maior
> número
> > e eles se multiplicam em maior velocidade". Infelizmente eu acho que isso
> > está se confirmando cada vez mais. Não tenho uma solução mágica, ou mesmo
> > não-mágica, para reverter ou mudar isso. Mas eu tenho certeza de uma
> coisa:
> > o caminho passa pela Educação.
> >
> > Voltando à pergunta do Garu, sim, estão em desuso a longo prazo, mas o
> > problema mais emergencial agora é que os cérebros estão em desuso.
> >
> > my $two_cents;
> >
> > --
> > Alexei "RUSSOZ" Znamensky | russoz EM gmail com | http://russoz.org
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