[Cascavel-pm] Sistema de Login

Thiago Rondon thiago em aware.com.br
Terça Setembro 1 06:44:39 PDT 2009


Otávio Fernandes escreveu:
> 2009/9/1 Nilson Santos Figueiredo Jr. <acid06 em gmail.com>:
>   
>> 2009/8/31 Eden Cardim <edencardim em gmail.com>:
>>     
>>> Não estou sendo xiita, estou sendo científico, e ciência
>>> necessariamente requer pesquisa e experimentação. "Inovação", por
>>> definição, envolve criar algo que ainda não existe, e a chance de você
>>> conseguir criar algo que já não exista sem conhecer as coisas
>>> existentes é bastante remota. Uma coisa é você não querer usar uma
>>> solução existente porque ela não se adequa a sua necessidade, outra é
>>> não usar por motivos arbitrários e infundados. Posso estar errado, mas
>>> ver uma solução funcionando é o melhor caminho para se aprender a
>>> construir uma solução melhor. Até onde eu sei, todas as inovações
>>> tecnológicas, científicas e até artísticas são
>>> evoluções/transformações de soluções anteriores. Particularmente,
>>> imagino que vencer obstáculos e criar novos níveis de especialização
>>> faz parte da inovação tecnológica. Afinal de contas, ninguém escreve
>>> mais seus próprios device drivers ou compiladores, porque isso é um
>>> problema ultrapassado, hoje em dia, as pessoas podem focar em criar
>>> coisas mais úteis, não ficar re-resolvendo o mesmo problema
>>> eternamente. Então, na minha opinião, acontece exatamente o contrário:
>>> conhecer as soluções existentes favorece a inovação.
>>>       
>> De fato, você está correto. Ninguém (competente) começa a criar nada
>> novo sem estudar a fundo o que já existes. Com isso você consegue ver
>> os pontos fortes e fracos e, com sorte e esforço, consegue criar algo
>> melhor no final das contas.
>>
>> Mas existem milhares de pessoas escrevendo device drivers e compiladores por aí.
>>
>> Aliás, a pesquisa em compiladores é um dos ramos mais promissores
>> atualmente na Ciência da Computação, graças ao surgimento das novas
>> arquiteturas. Problemas que antes eram intratáveis sem ter um
>> super-computador, hoje podem ser resolvidos na sua casa, utilizando a
>> sua GPU. Uma das grandes frentes de pesquisa atualmente é desenvolver
>> compiladores que consigam fazer uso destes recursos. Essa pesquisa é
>> desenvolvida na nVidia, com o CUDA, para qualquer tipo de programação
>> para PlayStation 3 ou dos Blades da IBM, por causa do Cell e pela
>> própria Intel com sua arquitetura Larrabee.
>>
>> Em geral, existem dois tipos de inovações tecnológicas: as
>> incrementais e as do tipo "degrau".
>>
>> Voltando ao exemplo anterior de processadores, estes vem seguindo uma
>> evolução incremental faz muito tempo. Aumentam a freqüência, número de
>> instruções por ciclo, quando não conseguiam mais tirar leite disso,
>> começar com o multi-core. Essas foram todas evoluções incrementais.
>> Com o advento das GPGPUs você teve uma evolução do tipo degrau: de uma
>> hora pra outra, você tem programas que rodam de 100 a 1000 vezes mais
>> rápido - mas tudo tem de ser feito diferente, tudo é novo.
>>
>> Eu me lembro que alguns anos atrás algumas pessoas começaram com a
>> idéia de escrever programas não relacionados com aplicações gráficas
>> em "shader language", a linguagem utilizada para programar um tipo de
>> efeitos visuais em jogos. As implementações eram trabalhosas,
>> não-intuitivas, difíceis de entender e muitas vezes eram simplesmente
>> ruins. Eles faziam isso porque acreditavam que a GPU poderia ser
>> utilizada como uma engine de processamento vetorial genérica, que ela
>> servia pra mais coisa além de jogos e processamento gráfico em geral.
>>
>> Se ninguém tivesse feito essa reinvenção da roda, isso não teria acontecido.
>>
>> É similar a abrir uma empresa de software. Com uma carteira de
>> clientes, não é tão difícil assim progredir e crescer uma empresa que
>> faz software sob encomenda. No primeiro ano você começa faturando
>> 200mil, cresce pra 300mil no segundo ano, 450mil no terceiro, mantendo
>> um crescimento de 50% ao ano (*bem* considerável), em dez anos vai
>> estar faturando 11 milhões. Parece a descrição de um case de sucesso
>> na área e os fundadores se tornaram milhonários.
>>
>> Mas considere isso: os criadores do Skype venderam a sua empresa pro
>> eBay por alguns bilhões de dólares depois de quanto tempo? Uns 3 anos?
>> Qual o valor de mercado atual do Facebook? Lembre-se que o Facebook
>> surgiu numa situação já dominada pelo MySpace e o Friendster (ou seja,
>> reinventou triplamente a roda).
>>
>> Então o conselho prudente é "não reinventar a roda" porque 95% das
>> pessoas que tentam fazer isso acabam se queimando. Existiram
>> provavelmente centenas de outras redes sociais que surgiram antes, na
>> mesma época ou depois do Facebook que não deram certo.
>>
>> De fato, em qualquer área com uma alta recompensa proporcional, pelo
>> menos uns 95% dos que tentam acabam se queimando ou não chegando a
>> lugar nenhum (na melhor das hipóteses). Ciência, empreendedorismo,
>> futebol, artes visuais, até mesmo poker... e a lista continua.
>>
>> O conselho prudente é útil para garantir que a carruagem continue
>> andando. Por outro lado, Mas aquela pequena fatia de 5% dos que não
>> seguiram o conselho prudente e que não se queimaram foram os que
>> trabalharam para que não andemos mais de carruagem nos dias de hoje.
>> E, para que isso aconteça, infelizmente precisamos que os outros 95%
>> se queimem.
>>
>> Eu poderia continuar fazendo uma analogia sobre como isso se assemelha
>> com a seleção natural mas eu vou parar por aqui, já são 1:45 da manhã
>> e eu duvido que vai ter gente que vai ler isso até este ponto. ;-)
>>
>> O ponto final é que reinventar a roda é válido caso as seguintes
>> considerações forem verdadeiras:
>>
>> 1) O que existe atualmente não é a solução ótima para o seu problema
>> 2) Você entende os riscos e as conseqüências de reinventar a roda
>> 3) Você sabe em que ponto está (mas não necessariamente para onde está indo)
>>
>> -Nilson Santos F. Jr.
>> _______________________________________________
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>> Cascavel-pm em pm.org
>> http://mail.pm.org/mailman/listinfo/cascavel-pm
>>
>>     
>
> Nilson,
>
> Eu concordo com os pontos de vista do Eden, no qual a possibilidade de
> reescrever algo que ainda não existe é praticamente nula. Porem,
> existe outras formas de obter o que você deseja sem reinventar _tudo_,
> você pode simplesmente ver os projetos na CPAN que são próximos do que
> você deseja, e começar a contribuir dando um segundo ponto de vista
> para o autor, caso ele não aceite, fork-it... É mais inteligente do
> que começar algo do zero, e atinge o seu objetivo.
>
> Meus dois centavos.
>
> P.S.: Faltou citar os milhares de casos que tentaram reinventar a roda
> e faliram rapidamente.
>
>   
,

Eden++; Otavio++;

O maior problema é chegar no ponto de 'inovação'. Muitos ainda não estão 
aptos a estarem 'inventando' algo e por experiência é mais pratico e 
produtivo indicar o que já esta pronto, pois com certeza irão aprender mais.

Abs!
-Thiago Rondon
 






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