[Cascavel-pm] Ensinar Perl na Faculdade [Was: EXPLICAÇÃO SOBRE: PUSH, SPLIT e FOREACH.]

Nilson Santos Figueiredo Junior acid06 em gmail.com
Sexta Junho 22 10:02:41 PDT 2007


On 6/22/07, Luis Motta Campos <luismottacampos em yahoo.co.uk> wrote:
>    Eu já tive muitos programas onde estas coisas foram úteis, e
> conheci gente que faz muita análise de grafos antes de mudar uma
> linha de código. ;-)

Sinceramente, a não ser em um programa que trabalhe com grafos ou
árvores, não consigo ver muito sentido em fazer análise de grafos
antes de mudar um linha código.

>    É uma questão de escolher para quem você quer trabalhar, basicamente.

Não "para quem", acho que é mais "com o que".

>    Engraçado... esta foi a minha segunda aula de introdução à
> programação, na USP. E aposto que você também aprendeu isso mais ou
> menos por esta época, onde quer que você tenha estudado. Você parece
> estar querendo defender uma reserva de mercado, carinha... deixa os
> outros estudarem e aprenderem como você aprendeu. ;-) Seja bonzinho,
> vai...

Eu duvido que isso sequer seja mencionado em universidades de mais
baixo nível como as que pipocaram por aqui nos últimos anos.

>    O "senhor" que vai separar o joio do trigo chama-se "Mercado de
> Trabalho Capitalista".

Nem sempre os trabalhos mais interessantes são os que pagam mais. Mas,
em geral, todos os trabalhos interessantes pagam bem. Mas existem
coisas desinteressantes que pagam bem também, como ser um consultor
SAP.

>    Sim, sim, claro que existe mais de uma forma de fazer. Eu estou
> apenas defendendo que a gente não aceite formas erradas ou que não
> produzem resultados muito bons, ou os trabalhos de IT do Brazil vão
> migrar para a Índia, onde o pessoal estuda matemática e aprende a
> programar em C ANSI...

Esse foi o único lugar onde você pisou na bola. O nível de um
desenvolvedor brasileiro que saia de uma universidade decente é muito
superior ao dos indianos. Você, que trabalha no exterior, já deve ter
ouvido histórias sobre o pesadelo do outsourcing para a Índia em
alguns casos.

O que acontece com a Índia é uma questão de escala. Então, em números
absolutos, lá pode até ter mais gente melhor. Mas isso não vale se
você analisar de maneira proporcional.

Além disso, mas aí é apenas uma impressão pessoal, eu acredito que os
indianos sejam muito mais "bitolados" e "cabeça fechada" que os
brasileiros (sim, isso é possível!), apesar de serem competentes no
geral. Mas isso é só opinião mesmo.

>    Não quero faculdades de computação formando Java Monkeys.
>    Não quero cursos de computação (ou do que quer que você os chame)
> aceitando alunos que não tem vocação: é desperdício de tempo e
> talento de todo mundo, principalmente o dos alunos.
>    Não quero corpos diretores de faculdade mais preocupados com a
> quantidade de desistências do que com a qualidade do ensino.

O problema é que se o curso for muito difícil, os alunos desistem. E a
maioria dos bons alunos são absorvidos pelas faculdades públicas. Daí
você entra numa downward spiral de qualidade do ensino em
universidades privadas ao considerar que todo dia pipoca uma
universidade nova.

Mesmo as melhores universidades particulares como as diversas PUCs têm
de se rebaixar até um certo ponto porque precisam de dinheiro. E,
mesmo se isso for contra os princípios dos dirigente, de que adiantam
os princípios em uma universidade falida?

>    O problema é que todo mundo que sai destas faculdades tem diplomas
> que não valem o papel onde estão impressos, e disputam o mercado com
> as pessoas que se esforçaram e se prepararam. A conseqüência é que os
> melhores preparados acabam "engolidos" pela massa, e se tornam apenas
> "mais um". Ou vão para fora do país.

Exatamente.

-Nilson Santos F. Jr.


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