[Cascavel-pm] Catalyst no Brasil eq "sonho"?

Nilson Santos Figueiredo Junior acid06 em gmail.com
Domingo Abril 22 09:40:49 PDT 2007


On 4/22/07, DjShadow <djrondon em gmail.com> wrote:
> Nilson, eu concordo contigo, mas acho que nós deveríamos montar um curso
> nosso com a chancela da Sociedade Perl do Brasil. Ou melhor ainda. Nós
> devemos desenvolver um curso padrão que possa ser incorporado ao currículo
> das universidades como uma linguagem de programação, onde normalmente Java
> já faz parte.

Minha visão é que universidades não devem ensinar linguagens de
programação. Elas devem ensinar conceitos e capacitar os alunos a
escolher a que seja mais conveniente. Obviamente, matérias básicas têm
de ter alguma linguagem de programação para ensinar os básicos de
algoritmos e estruturas de dados, mas nem eu acho que Perl seja
apropriado pra isso porque tudo ficaria muito fácil. Java já é
overkill, algo como C ou (argh) Pascal é realmente o mais apropriado.

Aqui na UFMG funciona assim e o curso vai muito bem, obrigado (vide
resultados do ENADE). ;-)

> Nilson, o que estou querendo dizer é que na maioria das vezes, as empresas
> querem é resolver o problema.

E o que é melhor que Perl para só "resolver problemas"? De fato, Perl
ganhou má fama por causa disso. Por ser possível resolver problemas
imediatos muito bem (se esquecendo do futuro).

> Uma vez mesmo, conversando com o MDA, ele me falou que teve um desgaste
> justamente como esse, onde o manager de uma aplicação dizia para ele que
> aguentava os requests e quando ele monitorou viu que o problema não era com
> ele, mas com a aplicação do chefe dele.

De fato, chefes ignorantes são sempre um problema. Quase sempre
impossível de ser solucionado. Se te incomodam muito, a melhor solução
é pedir demissão.

> Ok. Nilson, mas tem algum em Português? Ou seja, desmistificando todas os
> outros frameworks ?

Não adianta traduzir pra português uma coisa ou outra. Quando
tivéssemos todo o perldoc traduzido + os módulos base, aí começaria a
fazer sentido ter essas coisas em português.

> Será que nós já temos o nosso próprio Benchmarck? Afinal, produtividade
> também não quer dizer necessariamente eficiência.

O Catalyst em si é menos eficiente que todos os frameworks conhecidos
se você for medir o caso de aplicações simples. Dessas que eles
constroem nos screencasts. Isso acontece mais ou menos pelo mesmo
motivo que MySQL é mais rápido que o Postgres. Pra aplicações
complexas, essa figura muda e se bem utilizado o desepenho do
framework em si fica melhor. Como o resto todo já é mais rápido (Perl
é bem mais rápido que Ruby), fica tudo bem.

Por isso as coisas nunca são tão simples como parecem. É difícil fazer
marketing "pra inglês ver" do Catalyst. E, de fato, os ingleses nem se
preocupam muito com essas questões de eficiência porque um servidor a
mais ou a menos não custa 1 semana de salário de um desenvolvedor de
lá.

-Nilson Santos F. Jr.


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