[SP-pm] Resumo do Evento Técnico

Kojo rbsnkjmr at gmail.com
Wed Jan 28 10:34:30 PST 2015


Em 28 de janeiro de 2015 11:24, Renato Santos <renato.cron at gmail.com>
escreveu:

> O protocolo HTTP em si, é stateless, e trabalha em cima do TCP.
>
> O TCP sim é stateful, e existe todo um protocolo *complexo* (ACK, Flags,
> *Sequence*, e window size) para que todo ele funcione.
>
> Como HTTP não tem estado, ou seja, a string "GET /meu-saldo\n\n" não
> contém nenhuma informação sobre os estados anteriores.
> Mesmo com headers (cookie) e query-parameters (api-key) o HTTP-per-si, é
> stateless.
>


O HTTP é stateless mas a maiorida das aplicações que rodam sobre ele não,
então implementam o mecanismo de sessão para manter o estado. O REST não,
ele propõe transações atômicas para possibilitar a otimização de recursos,
de acordo com o que vc descreve abaixo.


O problema é acontece quando, como server, você precisar que algum header
> ou query-parameter seja enviado para algum server em especial para receber
> a resposta correta.
>
> Os dados do Request HTTP deveriam poder passar por todos os proxys e
> servers sem sofrer alterações nas respostas [1].
>
> Quando a aplicação recebe o HTTP e lê ele, ela deveria sempre dar uma
> resposta concisa sobre o que foi pedido, não importando do *estado a
> aplicação. *Ela pode ser um servidor que acabou de ligar, pode ser um que
> está rodando a horas, pode ser o ultimo request que o load-balance está
> esperando terminar antes de desligar o servidor.
>
> A *visão *deste cookie/param tem que ser global entre os servidores. caso
> contrario, precisa usar sticky session. E sticky session é o que é
> horrível.
>
> Hoje, com memcached, redis, leveldb, é muito fácil ter essa visão global
> dos estados de cada cliente.
>

Eu não entendo como esses mecanismos de cache impactam a arquitetura
stateless do REST de maneira positiva. Sei que eles trazem ganhos de
performance muito grande na leitura de dados, mas não que mude a
arquitetura em sí. Vc pode dar algum exemplo?



[1] exceção de proxys que tentam colocar cache, ad's e bloquear o acesso,
> mas esse nao é o proxy que eu falo!
> inclusive isso me lembra que, a maior parte de quem usa proxys de cache,
> tipo o varnish, fazem algum IF para dropar o cache caso tenha alguma
> indicação de 'stateful' no header/api-key.
>
>
>
> 2015-01-28 10:45 GMT-02:00 Kojo <rbsnkjmr at gmail.com>:
>
>
>>>> O REST mantém o conceito de HTTP stateless, ou seja, o server nunca
>>>> sabe quem é o cliente, então não tem nada guardado em memória, não tem
>>>> nenhuma persistência de estado dos seus dados em relação aos seus clientes.
>>>> Isso é uma grande vantagem, mas para poucos, porque o grande alívio que ele
>>>> trás é para os serviços web que transacionam simultaneamente com milhṍes de
>>>> clientes, poupando memória, processamento, e infra em geral para persistir
>>>> os dados.
>>>>
>>>
>>> Não apenas, há várias outras vantagens em se trabalhar com stateless.
>>>
>>
>> As vantagens que eu vejo no stateless estão todas relacionadas com
>> otimização de memória, não cache em cluster, não administração de sessão
>> etc.
>>
>>
>>>
>>>
>>>> Para outros webservices, que transacionam com "poucos clientes" pode
>>>> ser utilizada "qualquer arquitetura" que não fará muita diferença, vai
>>>> custar pouco e os servidores vão aguentar do mesmo jeito. Qdo falo em qquer
>>>> arquitetura, pode até ser um "REST stateful", que na verdade não é REST na
>>>> acepção da palavra.
>>>>
>>>
>>> Qual seria um exemplo?
>>>
>>
>> Por exemplo uma aplicação web stateful que ofereça todos os métodos que
>> as partes necessitam em um webservice, como criação, update, leitura e
>> deleção, sem se preocupar com a semântica dos métodos HTTP sem se preocupar
>> em ser stateles. Em suma, uma aplicação web qquer que retorne xml, json ou
>> qquer coisa inclusive documentos.
>>
>>
>>>
>>>
>>>> Em termos de penetração de mercado acho REST limitado, e pensando em um
>>>> "REST stateful" acho que uma boa abordagem é o Websocket. O Websocket
>>>> elimina um outro problema do HTTP que além de ser stateless, é o
>>>> sincronismo. O HTTP é blocante e o cliente fica pendurado esperando a
>>>> resposta, carregando o servidor web. Já o Websocket é assincrono e por isso
>>>> aceita milhões de requisições que não ficam penduradas.
>>>>
>>>
>>> WebSocket funciona em cima de HTTP :p
>>>
>>
>> Funciona sobre HTTP mas não é uma premissa. O Websocket usa o HTTP para
>> fazer handshake e aproveita toda a infra do HTTP como as portas 80 e 443,
>> proxy etc, mas a idéia é futuramente mandar ele para outra porta e deixar o
>> protocolo independente. Ele funciona como se fosse tunelado, ou seja, se vc
>> estabelecer uma camada de transporte para ele, o resto já tá pronto. E a
>> RFC diz que futuramente vai ser feito.
>>
>>
>>
>>
>>> WebSocket per-se provavelmente é uma má-ideia. Provavelmente AMQP sobre
>>> WebSocket seja uma solução mais robusta.
>>>
>> E em muito tempo a única forma racional (efetiva, eficaz e eficiente) que
>>> encontrei para implementar sistemas com WebSocket é baseada em Schema/LD.
>>>
>>
>> Faz sentido, pq o Websocket é um protocolo e REST é uma arquitetura. AMQP
>> começa a ser uma composição de MQ com Websocket e tal. Aí começa a se
>> montar uma arquitetura compondo várias tecnologias e protocolos.
>>
>>
>>
>>> Não estou dizendo que a arquitetura REST não é boa nem que não tem
>>>> utilidade, mas que é para poucos. HATEOAS me soa a mesma coisa, eu nunca
>>>> tinha ouvido falar, mas me lembrou WSDL, SOAP, etc.
>>>>
>>>
>>> Na verdade Rest é oposto a SOAP, que embora também suporte documentos e
>>> não apenas RPC, não tem as premissas de funcionar em WEB.
>>>
>>> Mas, sim, para fazer RPC tunelado sobre HTTP, XMPP, SMTP eu diria que
>>> ainda hoje o padrão mais maduro é, sem dúvida, SOAP/WSDL. Certamente é o
>>> que torna o desenvolvimento de software mais fácil.
>>>
>>
>> Eu já trabalhei em uma implementação de SOAP e WSDL em PERL. A empresa
>> consumia os nossos webservices e foi uma solução interessante, a
>> arquitetura era deles. Eu acho que a solução funcionava bem porque não eram
>> muitos requests, senão valeria a pena pensar em algo assíncrono.
>>
>>
>>
>>
>>
>>
>>>
>>>
>>>>
>>>> Em 26 de janeiro de 2015 21:08, Leonardo Ruoso <leonardo at ruoso.com>
>>>> escreveu:
>>>>
>>>>
>>>>> Em 26 de janeiro de 2015 18:20, Lucas Mateus <
>>>>> lucasmateus.oliveira at gmail.com> escreveu:
>>>>>
>>>>>>
>>>>>> Eu uso o Catalyst::Controller::REST que implementa todo o “sexo dos
>>>>>> anjos” pra mim e vou ser feliz :D
>>>>>>
>>>>>
>>>>> Não falta pretenção para o Catalyst::Controller::REST
>>>>>
>>>>> Quanto a ser feliz, bem, eu acredito que se conseguirmos construir uma
>>>>> infraestrutura de software e uma prova de conceito Rest em Perl, em cima do
>>>>> Catalyst, por exemplo, com View, Controller e Model requerendo interfaces
>>>>> Rest de classes Moose (incluindo DBIx::Class Result(set)), vamos ser mais
>>>>> que felizes.
>>>>>
>>>>> Se tiver uma galera na comunidade Perl entendo o que é Rest eu já,
>>>>> pessoalmente, ficarei muito feliz demais da conta.
>>>>>
>>>>> Que a galera Java, por exemplo, já está acordando para a vida.
>>>>>
>>>>> Em 26/01/2015, à(s) 18:18, Leonardo Ruoso <leonardo at ruoso.com>
>>>>>> escreveu:
>>>>>>
>>>>>> Em todo caso, mesmo que seja possível fazer (JSON|XML)-RPC bem feito,
>>>>>> há um motivo pelo qual todo mundo quer Rest: *REST É O ÚLTIMO
>>>>>> BISCOITO DO PACOTE*! JSON-RPC funciona, mas não é Rest e por isso
>>>>>> não tem todas as vantagens sensacionais do Rest.
>>>>>>
>>>>>> Em 26 de janeiro de 2015 14:54, Renato Santos <renato.cron at gmail.com>
>>>>>> escreveu:
>>>>>>
>>>>>>> Eu posso me juntar, mas já digo que eu só faço API's REST, não
>>>>>>> RESTFul, e que nunca ouvi falar de HyperDocument e que linked-data pra mim
>>>>>>> tem que ser em RDF!
>>>>>>>
>>>>>>>
>>>>>>>
>>>>>>> 2015-01-26 14:51 GMT-02:00 Lucas Mateus <
>>>>>>> lucasmateus.oliveira at gmail.com>:
>>>>>>>
>>>>>>>>
>>>>>>>> Em 25/01/2015, à(s) 18:45, Leonardo Ruoso <leonardo at ruoso.com>
>>>>>>>> escreveu:
>>>>>>>>
>>>>>>>> Caso na comunidade tenha gente disposta a se atualizar sobre
>>>>>>>> Restful (um conceito novo, lançado em 2000, e que se tornou a principal
>>>>>>>> vedete do desenvolvimento de software contemporâneo) e disposta a parar de
>>>>>>>> mentir para seus chefes e clientes de que está entregando restful quando
>>>>>>>> está na verdade entregando um tipo de RPC mais-que-porco, eu teria um
>>>>>>>> imenso prazer em integrar um grupo de estudo e de desenvolvimento com esse
>>>>>>>> objetivo.
>>>>>>>>
>>>>>>>>
>>>>>>>> Hahaha comunidade de mentirosos :D
>>>>>>>>
>>>>>>>> =begin disclaimer
>>>>>>>>    Sao Paulo Perl Mongers: http://sao-paulo.pm.org/
>>>>>>>>  SaoPaulo-pm mailing list: SaoPaulo-pm at pm.org
>>>>>>>>  L<http://mail.pm.org/mailman/listinfo/saopaulo-pm>
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>>>>>>>>
>>>>>>>>
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>>>>>>> --
>>>>>>> Saravá,
>>>>>>> Renato CRON
>>>>>>> http://www.renatocron.com/blog/
>>>>>>> @renato_cron <http://twitter.com/#!/renato_cron>
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>>>>>>>  SaoPaulo-pm mailing list: SaoPaulo-pm at pm.org
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>>>>>>
>>>>>> --
>>>>>> Leonardo Ruoso
>>>>>> Journalist, Perl developer and business consultant
>>>>>> Media, UFC/2006; Telecom, IFCE/1998
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