[SP-pm] Por que Perl não emplaca? [was Vantagens!]

Nuba Princigalli nuba at fastmail.fm
Fri Dec 11 07:39:39 PST 2009


Epa,

On Fri, 11 Dec 2009 11:48 -0200, "Blabos de Blebe" <blabos em gmail.com>
wrote:
> > Desculpe, mas cada um vai construir a sua carreira profissional, eu
> > não sou responsável por isso.
>
> Alunos e iniciantes vão se pautar nisso pra escolher pra onde derivar
> sua carreira.
>
> Como líderes, nós somos sim responsáveis por isso.

(comportamento messianico)--

A nossa parte é trabalhar para que a comunidade brasileira de Perl seja
parte de um ecossistema saudável, junto com a academia e o mercado. E
facilitar para que, dado um problema, as pessoas possam considerar o uso
do Perl em seu toolkit para resolvê-lo, de forma esclarecida. E é isso,
a nossa responsabilidade acaba aí, não temos que presumir que ninguém
seja incapaz de decidir por si, defendendo seus interesses.

Uma pessoa que decide aprender uma linguagem em função da quantidade de
vagas postadas no Ceviu, no Catho, de fato vai ficar mais satisfeita
estudando linguagens mais mainstream. Veja a violência da sua suposta
benevolencia, Blabos. Dado o objetivo declarado - apreender algo que
atenda ao maior número de vagas de um determinado tipo no mercado - a
melhor ação é de fato estudar o que aparece com mais frequência. O
objetivo primário dessa pessoa nesse cenário não é apreender Perl, é
maximizar empregabilidade imediata como programador no mercado de
trabalho local.

E nem é o nosso objetivo enfiar o Perl na goela de ninguém, isso não faz
parte do ecossistema saudável, de decisões informadas, que na minha
visão é o que a gente quer construir. Lembrando que em um sistema
saudável os ciclos positivos, virtuosos, se reforçam sozinhos. 

Eu já lidei com gente programando em Perl porque alguém mandou (e largou
assim que pode), e com gente programando em Perl porque gosta (e quando
pode, não largou). É a diferença entre água (com coliformes fecais) e
vinho.

Eu não tomo pra mim a responsabilidade sobre a carreira de ninguém,
exceto a minha. Nem a do meu filho, cara. Cada um que puxe a rédea e
encontre o seu rumo. É muito confortável fugir do pau, terceirizar a
responsabilidade e procurar uma figura com carisma que te diga "oh!
escolha X, meu jovem", e naturalmente é tentador assumir esse papel
messiânico (influência, ego boost, status, eventualmente $$, etc). Mas é
uma farsa, incentivada pela nossa sociedade doente, mas essa é outra
conversa, fecho só dizendo que é furada e atraso de vida.

Abraço, e "no hard feelings",

Nuba
--
Nuba Princigalli
nuba em fastmail.fm



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