[Cascavel-pm] [OT][Comment]: No meu tempo... [Was: JOB: Programador Perl/PHP em Porto Alegre]

Luis Motta Campos luismottacampos em yahoo.co.uk
Segunda Julho 9 05:07:35 PDT 2007


On Jul 9, 2007, at 12:04 PM, Nelson Ferraz wrote:
>> Me recuso a comentar sobre os estrangeirismos. Qual é o problema
>> de dizer "trabalho interno" ou "local de trabalho dentro da
>> compania"? "Onsite" é estrangeirismo demais para o meu gosto, neste
>> caso.
>
> Falou a pessoa que escreve "Brazil". ;-)

   Hum. "Brazil" é uma espécie de "punição". Eu sou exilado e não  
gosto de ter de vir tão longe apenas para ter respeito profissional e  
boas condições de trabalho e vida. Assim, me comporto como "gringo" e  
escrevo "Brazil" e não "Braz^Hsil", como forma de dizer "você não  
gosta de mim, eu maltrato você".

   Eu já expliquei isso, deve ter email na lista sobre esta palavra  
em particular.

>> Qual é o problema em se dizer o salário?
>> Se você está disposto a pagar tão pouco assim, talvez fosse melhor
>> procurar outra solução para o seu problema (talvez comprar software
>> de prateleira?).
>
> Acho que você está se adiantando um pouco... talvez ele não saiba o
> salário proposto.

   Se a pessoa que está procurando um profissional não sabe quanto  
pode pagar por ele, alguma coisa está muito errada aqui, Nélson. Fora  
isso, se uma terceira pessoa posta para a lista, a pedido do  
recrutador (como eu já fiz aqui), ou dá informação correta ou diz  
"não sei" (como eu fiz).

   Agora "salário compatível" é sacanagem. A gente tem de se expôr  
simplesmente para saber que os caras querem pagar mixaria. Eu já tive  
a minha cota de mixê (*), Nélson. Estou ficando velho demais para isso.

>> Agora, "etc.", numa lista de "benefícios" é um descaso sem
>> tamanho. O que quer dizer isso? Como eu vou saber se vale à pena me
>> candidatar à vaga se até o anúncio dela parece feito de qualquer
>> jeito?
>
> Concordo que o "etc" deixa a desejar, mas nem sempre as vagas
> postadas na lista são escritas por profissionais de RH.

   Isso quer dizer que eles deveriam saber *no* *mínimo* do que estão  
falando, certo? Digo, que não saiba o nome das tecnologias, das  
habilidades e das coisas da nossa área, vá lá... agora, não saber  
sobre as coisas da área dele, como levantar com antecedência quais  
benefícios a compania está disposta a oferecer, ou ser capaz de  
escrever corretamente uma lista de benefícios, separando eles das  
exigências legais (como forma de contrato - CLT, por exemplo) e dos  
pré-requisitos associados com a posição de trabalho (disponibilidade  
em tempo integral, por exemplo) é o *mínimo* que se espera de um  
profissional de RH.

> Muitas vezes é um outro programador que quer divulgar a oportunidade
> -- e não podemos criticá-lo por isso.

   Isso é justo. O cara pode não ser profissional de RH, e não teria  
obrigação de saber nada sobre isso. Eu não tenho a intenção de  
criticar o sujeito, ele está fazendo o que ele pode para arrumar uma  
pessoa para a empresa. Agora, que o pessoal de RH da empresa podia  
ajudar divulgando as informações de uma forma mais organizada e  
uniforme, ah, eles podiam... assim, um programador perl não teria de  
sofrer este tipo de escrutínio mal-humorado do troll-que-acordou-de- 
bunda-descoberta.

   Me desculpem. Eu acho que eu estou um pouco mal-humorado hoje.  
Deve ser o sono.
   Putamplexos!
--
Luis Motta Campos (a.k.a. Monsieur Champs) is a software engineer,
Perl fanatic evangelist, and amateur {cook, photographer}

(*) Para quem não tem idade ou português o bastante para isso, "mixê"  
é gíria do dialeto português brasileiro para indicar o montante pago  
pelo cafetão à "mulher da vida", normalmente no final de um "dia de  
trabalho". Por extensão, usado depreciativamente para indicar  
"trabalho mal remunerado" de uma forma mais ampla.


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