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Ole Peter Smith ole.ufg em gmail.com
Sexta Fevereiro 24 16:37:56 PST 2012


Nilson

Concordo parcialmente com vc. Mas uma vez escutei um gringo no Rio, dizendo
perjorativamente: 'Ah, nao gosto de pobreza..'. Hm, para evitar que pessoas
trabalham em ocupacoes  inutis, a sociedade precisa providenciar ocupacoes
alternativas - e viaveis. Isto e a proposta ineretne do ecoturismo, por
exemplo: fazer viavel a cidadado mudar de atitude/profissao.

Penso do comunismo/socialismo como penso da cristianismo (e um monte de
outras religioes): a ideia e linda, mas sua historia.... o fim jamais
defendera o meio! Fazer 'bom' com  meios violentos e retroceder.

O desafio da sociedade, e (atraves da inovacao e tecnologia) fazer esses
servicos superfluos, sem deixar estas pessoas desempregadas/desmaparadas.
Conseguir, idealmente, sempre mais prosperidade para a populacao toda.
Gandhi sempre vivera atraves das sua frases sublimas, por exemplo:' Uma
civilizacao sera avaliada atraves de jeito que trata suas minorias'. Nao
sei se estou simplificando, mas pra me: a alma do pensamento livre.

0le

2012/2/24 Nilson Santos Figueiredo Jr. <acid06 em gmail.com>

> On Fri, Feb 24, 2012 at 5:44 PM, Andre Carneiro
> <andregarciacarneiro em gmail.com> wrote:
> > Ah, esses pseudo-comunistas... Gostaria de ver uma faxineira ganhando o
> > mesmo que você, ou um médico, ou um engenheiro, ou alguém que investiu
> anos
> > de estudo e milhares e milhares de 'dinheiro', seja em qualquer moeda .
>> > sim vamos ver se vc acha tão 'necessário' assim. Pediria ao Stan para te
> dar
> > uma aula sobre isso, mas acho que seria abusar da paciência dele.
>
> É até engraçado você falar isso, se você me conhecesse melhor saberia
> que eu estou bem longe de ser pseudo-comunista ou qualquer coisa
> relacionada à esquerda.
> Na verdade sou totalmente contra qualquer tipo de comunismo/socialismo
> e sou a pessoa que mais crê no poder do capitalismo que eu conheça.
>
> Eu não tenho nenhum problema com outras pessoas ganhando o mesmo tanto
> (ou mais) que eu. Como bom capitalista, acredito que os salários são
> determinados pelo mercado e se tiver programador sobrando e faxineira
> faltando, nada mais lógico que uma faxineira ganhar mais que um
> programador (ou qualquer outra profissão).
>
> O que acredito é que, atualmente, existe muita capacidade humana
> desperdiçada em trabalhos completamente inúteis e que não trazem
> progresso à sociedade, exemplo: trocador de ônibus, porteiro de
> prédio, ascensorista de elevador, "guardador" de carro, etc. Isso é
> desperdício e são funções que não deveriam existir. É um atraso pra
> sociedade e pras próprias vidas das pessoas.
>
> Contudo, essas funções só serão eliminadas quando o mercado as tornar
> inviáveis, através de um aumento salarial. Caso contrário, vale mais à
> pena pagar pouco pra ter uma pessoa fazendo esses serviços do que
> pensar numa melhor solução.
>
> > Eliminação do seu 'gap social' não ocorreu em nenhuma parte do mundo,
> pelo
> > que eu saiba(menos ainda em países comunistas, tão pouco está
> acontecendo no
> > Brasil). O que ocorreu foi que a mão-de-obra para fazer esses serviços
> que
> > literalmente NINGUÉM queria fazer, e ficou absurdamente caro. E por isso
> > começou-se a importar mão-de-obra barata, ou seja, de países
> > subdesenvolvidos(até então), como o Brasil, México, Porto Rico,
> Cuba(eheheh)
> > etc. E nos países comunistas a classe burguesa apenas mudou dos nobres,
> > comerciantes ricos, aristocratas anti-comunismo, para os políticos,
> > revolucionários da alta cúpula do partido comunista, mas continuou a
> mesma
> > palhaçada, e até pior! O fim do 'gap' social ocorreu apenas para as
> pessoas
> > comuns do 'baixo clero' da sociedade, ou seja, quem não tinha poder e/ou
> > dinheiro suficiente para acompanhar. Agora pergunte a qualquer médico
> russo
> > que viveu essa época se ele achava legal ganhar a mesma coisa que o
> > lixeiro(só um exemplo).
>
> Como eu disse, pouco me interessa o que aconteceu nos países
> comunistas, uma vez que o comunismo é um sistema fadado ao fracasso e
> desperdício de recursos. É um milagre Cuba não ter se implodido até
> hoje, a população de lá deve ser muito "mansa" pra não ter feito
> nenhuma revolução...
>
> Vai olhar quanto ganha, por exemplo, um trabalhador de construção
> civil em países como EUA, Canadá ou Austrália (que são exemplos que
> conheço mais de perto). Ganham mais que um desenvolvedor de software
> recém-formado - e é assim que tem que ser, está certo isso. Em
> comparação, um trabalhador de construção civil lá é 2-3x mais
> produtivo do que um daqui, tanto pelos métodos de construção que são
> mais modernos quanto por outros fatores. O que não faz sentido é o
> pedreiro daqui continuar nessa tosqueira que é a construção civil por
> aqui querendo ganhar o tanto que ganham lá fora.
>
> Aliás, o correto teria sido eu dizer que deve ocorrer uma redução do
> gap social, não uma eliminação.
>
> > A minha intenção não é desprezar profissão alguma, só não acho justo
> dizer
> > que 'certas profissões' estão 'super valoriazadas', quando na verdade
> essa
> > galera tá ganhando próximo de algumas categorias onde o esforço e
> dinheiro
> > são mais exigidos, trabalhando MENOS. E acho que essa história de
> > 'importância na sociedade' é absolutamente ridícula e sem sentido.
>
> Veja bem, não existem profissões super-valorizadas no Brasil, existem
> profissões sub-valorizadas. O salário dos desenvolvedores não deve
> cair, da faxineira é que deve subir. Esse tipo de coisa é possível
> aumentando a eficiência do sistema, que aqui no Brasil é muito baixa.
>
> > E na boa, raríssimos são os profissionais de qualidade considerável
> fazendo
> > esses serviços no Brasil. Em 'via de regra' cobram caro e são PÉSSIMOS! E
> > falo por experiência própria de anos precisando desses caras, me dando
> bem
> > pouquíssimas vezes e me ferrando na maioria das vezes. Gostaria muito que
> > com a 'equalização social e financeira' viesse junto com regularização de
> > todas essas categorias de emprego, assim como capacitação profissional,
> para
> > que não comecemos a importar mão-de-obra para isso. Pensando no Brasil
> que
> > eu conheço, acho pouco provável.
>
> Talvez você tenha azar. Ou eu tive sorte, não sei.
> Eu tive problemas pouquíssimas vezes e todos os problemas ocorreram em
> outros tempos, há muitos anos atrás.
>
> -Nilson
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