[Cascavel-pm] Res: Res: off topic DotNet

Andre Carneiro andregarciacarneiro em gmail.com
Segunda Junho 28 10:14:45 PDT 2010


Em 28 de junho de 2010 13:32, Alceu R. de Freitas Jr. <
glasswalk3r em yahoo.com.br> escreveu:

>
>
> ----- Mensagem original ----
> > De: Eden Cardim <edencardim em gmail.com>
> > Enviadas: Segunda-feira, 28 de Junho de 2010 10:24:19
>
>    João> 2
> > critérios básicos - quantidade de sistemas desenvolvidos na
>
> > João> plataforma e disponibilidade mão de obra.
>
> > Esses dois critérios são contra-argumentados na literatura de engenharia
> > de software que eu indiquei num email anterior.
>
> Eden, e o que eu faço com meu gerente que não leu e nem está interessado em
> ler tal literatura?
>
> Digo isso porque atualmente eu não consigo "vender" o uso interno de Perl
> aqui. Não temos NENHUMA linguagem de programação fracamente tipada e sem
> compilação (vulgarmente chamada de script) para podermos produzir código
> rápido e funcional. E olha que meus usuários acham que a área de TI deve
> funcionar como pastelaria.
>

Logo, o problema não é conseguir vender Perl, o problema é o seu chefe, que
me desculpe, mas é um dos muitos chefes imbecis com os quais eu já tive que
lidar. Aqui eu uso Perl em sistemas internos, com interface web no Catalyst.
Mas para conseguir isso eu passei por três chefes difefentes o que, do meu
ponto de vista, confirma a minha 'pseudo-teoria' do chefe idiota.


> Eu concordo com você, mas uma coisa é a teoria, outra é a prática.
>
> João> Em
> > ambas, PHP e Java batem Perl muito facilmente. Pelo menos
> > João> no Brasil (acho que você não mora aqui).
>
> > Ciência não tem
> > nacionalidade, o fato de uma ou outra linguagem ser mais
> > ou menos popular no
> > Brasil não fazem dela a melhor ou pior linguagem.
>
> Acho que aí entra a questão de contexto.
>
> No contexto científico, você está correto.No conceito mercadológico, o João
> está correto.


> Vou citar um exemplo: se eu checar para meu chefe aqui e dizer que agora
> sou mestre em inteligência artificial, ele vai cagar e andar. Se disser, no
> entanto, que agora tenho MBA de Harvard, ele vai colocar uma foto minha na
> mesa dele.
>

Não entendi. O que tem a ver ser formado em Havard, com produtividade ???


>
> Por que isso?
>
> Empresas querem saber de resultados. Se Perl pode ajudar a empresa a ser
> eficiente e ganhar dinheiro, é isso que vai interessar meu chefe.
>
>
De novo, o que tem a ver ser formado em Havard com isso. Mesmo porque, se
você fosse formado em Havard, dificilmente estaria trablahando para um chefe
idiota.




> O problema é vender essa idéia para quem não tem conhecimento técnico. O
> Brasil não valoriza profissional especialista, basta verificar como
> cientistas e pesquisadores competentes decidem ir embora do país.
>

Now we talking... Sim, esse é o problema, principalmente porque tem muito
idiota por aí, que insiste em acreditar no que a porcaria de empresa de RH
que ele terceiriza para contratar diz a respeito dos seus candidatos. Se
falta qualificação profissional como eles dizem, eu digo que falta gente
capacitada para avaliar isso, logo qualquer estatística sobre isso é, no
mínimo, duvidosa. Mesmo porque tem muita gente boa por aí empregada. Com
certeza não ganhando o que merecem, mas estão melhores do que a maioria dos
manés como eu...


>
> É uma visão curta, ridícula... mas é o que temos por aqui.
>

Concordo plenamente! Principalmente porque esse povo que tem essa visão é o
mesmo que deturpa a imagem de Perl por aí. Mais um motivo para apoiarmos
iniciativas como a do Thiago Rondom, com os eventos que estão vindo. Isso
ajudará muito!


>
> >   João> Em termos de fazer o que tem que ser feito, todas elas fazem
> > o
>    João> que tem que ser feito.
>
> > fazem o que tem que
> > ser feito" é o argumento mais vago que eu já li na
> > vida.
>
> Outro exemplo que me faz concordar com o João. Eu não acho que ele esteja
> denegrindo nossa linguagem favorita, mas colocando seu ponto de vista.
> Se tecnicamente é tão bom quanto ou melhor que outras linguagens, por que
> não é utilizado em escala maior?
>

Se alguém fala por aí, e ainda 'ensina' os outros o que ele disse aqui na
lista, então sim, esse alguém está denegrindo a imagem, na minha opinião,
injustamente e pior, sem embasamento nenhum ...


>
> Acho que são estas perguntas que temos que nos fazer. Lembram-se da
> história do VHS e Betamax?
>

Sim, a diferença é que Perl não foi descartado como o sistema Betamax. Então
acho que a comparação é bem triste, porque você parece concordar que Perl
está morto, é isso?


>
> Voltando a questão do "fazer o que tem que ser feito", para os usuários
> tanto faz se o programa é bem estruturado ou não. Para eles o importante é
> que o programa:
> 1 - Funcione
> 2 - Rode num tempo aceitável
> 3 - Não fique dando problemas
>
>
Eu realmente tô cansado pra comentar isso, vou ver o jogo, falow!



> Todo o caminho que deve ser percorrido para chegar nisto é de interesse da
> área técnica, não usuária.
>

Jesus!!! Por favor salve esse irmão!! Você ouviu falar em web 2.0 né?? Diz
que sim, e que você sabe que o foco de tudo o que é desenvolvido hoje é no
usuário( Facebook, Google, Amazon,  Linkedin, etc... huh??? ).


>
> Um exemplo: minha área usuária me mostrou um banco de dados SQL Server
> feito à partir de um monte de planilhas Excel com dados, pois estava sendo
> um tormento atualizá-las manualmente.
>

Não consigo imaginar o por que... :p


> Eu sugeri usar Access para ter acesso aos dados rapidamente. Eles não
> quiseram, queriam um "sistema web" porque era mais moderno.
> Bem, eu comecei  fazer algo com CGI::Application e quando fui olhar o
> modelo relacional... era a coisa mais escabrosa que eu vi. Disse ao usuário
> que teria que arrumar aquilo primeiro, ou não teria como garantir
> integridade dos dados. Ele achou ruim, porque ia demorar mais.
>

Agora é sério, vou ver o jogo, falow!!


>
> Eu fiz um monte de horas extras para entregar o sistema funcional... e o
> sistema foi reprovado porque era feio. Eles queriam uma interface bonita, eu
> avisei que não era designer (fiz um HTML pé de boi mesmo com HTML::Template)
> e eles não quiseram arrumar um por causa de custos. Enfim, nem sei o que
> eles usaram depois.
>
> A conclusão que tirei disto foi:
> 1 - Para o usuário, tanto faz se o modelo de dados precisa ser arrumado ou
> não;
> 2 - Para o usuário, tanto faz se o backend é eficiente e bem desenhado;
>
>    João> Segundo minha opinião: - Sistemas complexos são
> > aqueles que
>    João> envolvem:
>    João> * Uma
> > interface administrativa (GUI)
>    João> * Uma interface de
> > usuário (GUI)
>    João> * Um core com N funções
>
> Segundo o
> > teu critério, o northwind (o banco de dados do ms access) é
> mais complexo do
> > que o fritz (a engine de xadrez que empatou 4 vezes com
> o Garry Kasparov e
> > derrotou outros grandmasters como Vladimir
> Kramnik). De novo, a literatura
> > introdutória de engenharia de software é
> categórica nesse assunto.
>
> Esse foi um exemplo bem ruim mesmo. Mas aqui vai um bom (ponto de vista):
> http://www.faqs.org/docs/artu/ch14s04.html#perl. É claro que já está
> desatualizado, existem recursos no Perl para contornar ou resolver os pontos
> negativos apresentados, mas essas coisas ainda não estão no core do Perl
> (Moose é um excelente exemplo).
>
> De novo, você sabe, eu sei disso. Mas muito programadores experientes por
> aí não sabem.
>
> Se pensarmos em como a linguagem auxilia o programador a não escrever
> código ruim, temos o Perl::Critic. Mas eu, por exemplo, não comprei
> ainda o Perl Best Practices que o pessoal tanto cita. Então fiquei meio
> sem "ajuda" da linguagem.
>
> Daí a necessidade de divulgação e pesquisas. Eu estou vendo um progresso
> nessa área, mas ainda falta bastante.
>
> > Deve
> > ser desse tipo de análise que saem os orçamentos de software
> > superfaturados
> > típicos do Brasil.
>
> É bem por aí. Ou pior ainda Eden. Eu tenho uma porção de histórias de
> consultorias "especialistas" que fariam seu cabelos ficarem de pé e depois
> caírem.
>
>  João> * wxWidgets ainda não
> > tem versão 1.0 e vários itens
>    João> disponíveis em outros
> > APIs (incluindo Flex) ainda não estão
>    João>
> > disponíveis.
>
> > Ok, enumera os itens disponíveis no flex que
> > não estão disponíveis no
> > wxWidgets. Por sinal, wxWidgets é uma biblioteca C,
> > perl só fornece bindings.
>
> Eu acho que API está OK. Somos bons nisso.
> Mas não temos ferramentas para auxiliar a criar interfaces gráficas.
> C# e Java contam com ferramentas gráficas bem competentes para fazer esse
> tipo de coisa.
>
> Se não me engano, temos o Padre (que ainda não chegou lá) e o Glade (mas só
> gera XML, não código Perl).
>
> A propósito, como é mesmo o procedimento
> > para se desenvolver GUIs em
> PHP? Falta ainda o benchmark indicando que PHP é
> > mais rápido que
> > perl.
>
> Tem o PHP-GTK, mas não tenho idéia se é bom ou ruim. Mas se eu fosse um
> programador novo que quisesse criar interfaces gráficas com uma linguagem
> script, esse seria um bom ponto para começar: ao menos existe publicação em
> português sobre o assunto (http://www.novateceditora.com.br/livros/phpgtk/
> ).
>
> []'s
> Alceu
>
>
>
>
> _______________________________________________
> Cascavel-pm mailing list
> Cascavel-pm em pm.org
> http://mail.pm.org/mailman/listinfo/cascavel-pm
>



-- 
André Garcia Carneiro
Analista/Desenvolvedor Perl
(11)82907780
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