[Cascavel-pm] Perl training

Eden Cardim edencardim em gmail.com
Domingo Abril 6 18:49:07 PDT 2008


2008/4/6 Nilson Santos Figueiredo Junior <acid06 em gmail.com>:
>  Realmente não sei confirmar ou não isso. Eu conheço muita gente que
>  trabalha com desenvolvimento pelo Brasil e, com exceção das pessoas
>  aqui da lista, ninguém que eu conheça trabalha com Perl ou sequer
>  conhece uma empresa que trabalhe com Perl.
> [snip]

Entendo onde você quer chegar. Eu acho que o problema da
não-utilização de Perl vem diretamente do perfil da comunidade de
desenvolvedores Perl em geral. Até hoje, consegui identificar 2 tipos
de desenvolvedores: 1) Os desenvolvedores sérios, aplicados e que
sabem como e porquê utilizar a linguagem que escolheram se
especializar, 2) O cara que viu alguém com o perfil anterior recebendo
um bom salário e quis seguir a trilha sem estudar ou fazer muito
esforço. O pessoal com o perfil 2 geralmente desiste e vai falar mal
da linguagem pra outras pessoas, e o pessoal com o perfil 1 geralmente
é muito envolvido com os aspectos técnicos da linguagem e acham que o
marketing não é importante para já que teoricamente a linguagem tem
fortes vantegens técnicas, ou simplesmente porque não querem trabalhar
o lado do marketing.
O problema é que os caras que tem o poder de tomar as decisões,
especificamente, decidir em qual linguagem investir o dinheiro
disponível, sabem pouco sobre os aspectos técnicos e se preocupam mais
com os casos de sucesso e as tendências relatadas pelo mundo, além, é
claro, de se preocupar com quanto o projeto vai custar e se tem
"cacife" pra bancar. Ou seja, o fato da linguagem não ser vastamente
utilizada em termos de quantidade de empresas não tem relação com a
qualidade técnica da linguagem e sim com a cultura da comunidade Perl
de tender a ficar no anonimato. Agora, se existisse uma quantidade
razoável de empresas lucrativas que conhecidamente aplicassem Perl, os
demais empreendedores arriscariam montar novos empreendimentos e
empregar mais desenvolvedores. Se, por exemplo, o principal
patrocinador do FISL fosse uma empresa que conhecidamente aplicasse
Perl os milhares de investidores que frequentam o evento em busca de
idéias para aplicar o seu dinheiro, com certeza a utilização da
linguagem tenderia a subir um pouco e isso ia gerar uma reação em
cadeia. Por isso acho que a idéia da cooperativa utilizando os
desenvolvedores existentes para divulgar a linguagem seria um bom
começo (se for viável e lucrativa), bem melhor do que perder tempo
treinando mais desenvolvedores, que provavelmente não seriam
absorvidos pelo mercado atual (mas só porque não sabem quais empresas
aplicam Perl e não divulgam) e logo procurariam outra linguagem para
aprender.

Resumindo: precisamos relatar mais casos de sucesso e menos
enumerações de aspectos técnicos se queremos que a linguagem seja mais
utilizada e reconhecida.

-- 
edenc.vox.com


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