[Cascavel-pm] para refletir

marco.f.lima em vivo.com.br marco.f.lima em vivo.com.br
Sexta Março 12 10:39:40 CST 2004


Salve Monges !

Luis Campos de Carvalho escreveu:

>   Como assim? Você quer dizer que não participa de processos seletivos
> em empresas que julga privilegiarem o QI[1] do candidato? Eu gostaria
> muito de saber como conseguir esta informação "privilegiada". Me
> pouparia muita dor-de-cabeça.

Acho que não fiz me entender !

1 - Não acho que QI seja uma coisa ruim. Lembro que um profissional pode
ser indicado por qualquer pessoa que conhece o ser trabalho.

2 - Quanto a participar de processos seletivos, estava me referindo a
sobrinho do Diretor que não vai ter acesso ao tipo de tecnologia que
trabalho (ex. Equipamentos de Telecomunicações), por isso ele não será
indicado para esta vaga. E também temos a questão das empresas de grande
porte, onde os diretores não têm tanta influência assim para colocar um
sobrinho, o máximo que vai conseguir e colocar ele para tirar xerox ou a
sobrinha gostosa com secretária.

>    Lamento, mas eu discordo. Não conheço nenhum caso de sucesso que
> cresceu sob as asas de um bom QI[1]. Normalmente, a natureza humana fala
> mais alto, e o sujeito se acomoda, fica folgado e incompetente.
> Rapidamente, obsoleto, desenformado e "intocável".

Você deve procurar se informar mais sobre isso, não estamos falando de
vagabundos, porque isso vc vai encontrar em qualquer lugar o maior exemplo
disso são os funcionários públicos concursados.

Eu posso lhe garantir que quando tinha 14 anos eu desenvolvi um sistema que
controlava a emissão de passagens aéreas para cervejaria Brahma e
funcionava perfeitamente até a criação da Ambev, quando os sistemas foram
alterados. Estou falando que quase 15 anos em produção.

> Como evitar este "efeito QI", sabendo que o seu
> (?:parente|amigo|mecenas) vai proteger você quando acontecer alguma
> coisa ruim?

Você pode me dizer como fazer se sua esposa trabalha com você !? quem vai
pedir demissão ?

> =-] Obrigado. É uma lição de vida à parte a alegria e a disposição
> quase pueril que eu enxergo em sua frase.

>   Mas todos aqui sabemos que apenas estudar e trabalhar para ser sempre
> o melhor não é remédio contra a indicação do "filho do diretor" em lugar
> da sua.

Bem pode até não ser uma lição de vida, mas sim a história da minha vida.
Na maioria dos meus projetos, eu sou chamado por conhecerem o meu trabalho
e se o "filho do diretor" tivesse capacidade de desenvolver o projeto, eu
ia achar muito legal, não seria por causa disso que ficaria sem trabalho.

>  É fácil escolher um médico, um engenheiro, um dentista, um advogado
> ou  mesmo um administrador. Você sempre pode olhar o trabalho dele e
> saber se é bom ou ruim, são coisas do "mundo real", que todos sabem como
> comparar com "modelos canônicos" bem-conhecidos de médicos, advogados,
> engenheiros e dentistas. Mas quem sabe como comparar dois engenheiros de
> software ou dois analistas de sistemas, com "modelos canônicos"? Como
> garantir que este ou aquele programador conhece e segue corretamente os
> princípios e "boas práticas" mais essenciais do desenvolvimento de
> sistemas, aqueles que fazem a diferença entre um projeto levar 3 mêses
> ou 3 anos para terminar?

Como você olha o trabalho de um médico ? como você olha o trabalho de um
dentista ? ou um advogado ? Vc pode perguntar para as pessoas que compraram
um apartamento em um tal edifício da Barra da Tijuca - RJ, e hoje estão sem
casa  porque o tal edifício CAIU !!! Acho que você se engana quando acha
que não dá para comprar os trabalhos em nossa área ! eu lhe digo que dá ! e
que existe até ferramentas para a medição disso ! e lembro que o tempo é
relativo !

>    Eu dou o braço a torcer, como fiz no último email, para a corrupção,
> a falta de vontade política e a ganância de pessoas que venderiam
> licensas na nossa área. Temo implementar uma organização para a área de
> TI e afundar no "mar de lama" que costuma se avolumar em torno de
> organizações como estas.

>    Mas não acho justo que a única forma de comparar habilidades entre
> dois profissionais de nossa área, sem necessariamente ter conhecimento
> prévio especializado em TI, seja o QI e o preço.

>   Freqüêntemente eu vejo isso acontecer.

>    Eu admito que a criação de uma entidade de classe para regulamentar
> nossa profissão provavelmente traria muitos malefícios para a área. Mas
> como excluir os "filhos de diretor" da área sem criar entidades de
classe?

>    Eu ainda não li uma sugestão prática a respeito nas respostas que
> recebi. Pode ser o Antônio M. F. Fonseca (autor do artigo) tenha razão
> quando nos acusa de sermos mais alienados do que poderíamos.

Não preciso falar do fator corrupção, pelo menos este você me aliviou.

Não concordo que exista apenas uma forma, e acredito que em alguns casos
isso pode contar ou não, isso tudo é muito relativo.

Porque excluir os "filhos de diretor", isso tá cheirando a discriminação e
preconceito (Cuidado isso é Crime !), só porque o pai é um diretor o filho
não pode ser um bom profissional. Gostaria de acrescentar que segundo a
proposta que me parece estar no senado a muitos anos, para criação do
CONIN, se o "filho do diretor" já trabalha a 5 anos com isso, ele também
tem direito a um registro.

Não entendi o que seria "sugestão prática", porém contínuo defendendo a
liberdade para área de informática.

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Marco Lima
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