[SP-pm] SaoPaulo-pm Digest, Vol 110, Issue 9

Geraldo Netto geraldonetto at gmail.com
Mon Nov 11 09:47:13 PST 2013


blabos++;


Geraldo Netto
Sapere Aude => Non dvcor, dvco
São Paulo, Brasil, -3gmt
site: http://exdev.sf.net/


2013/11/11 Blabos de Blebe <blabos at gmail.com>:
> Ok, artista,
>
>> Senão é arte.
>
> Arte é uma empresa sobreviver desperdiçando recursos em retrabalhos que
> seriam desnecessários se fosse gasto um pingo de esforço em planejamento, e
> cumprindo esse planejamento.
>
> Arte é pegar 2.5 milhões em financiamento pra fazer um produto, entregar um
> protótipo meia boca, convencer o cliente que isso é um produto, conseguir
> mais 2.5 milhões pra fazer uma segunda *unidade*, entregar um segundo
> protótipo, até o cliente sacar que estava sendo enganado, contratar outra
> empresa e em uma reunião tacar o HD com o projeto na lata do lixo. Isso é
> arte!
>
> Arte é o gerente de TI (sempre eles) querer que a gente fizesse comunicação
> entre máquinas distintas com unix pipe ao invés de socket, com NFS talvez...
> porque socket era muito complicado e a gente não estava pintando nenhuma
> obra de museu.
>
> Arte é o gerente de TI querer que a gente fizesse PPP entre dois rádios
> half-duplex, porque ele esqueceu de especificar full duplex. Pra usar o NFS
> e fazer pipe, talvez? E depois, "já que vocês não sabem fazer, deixa que eu
> resolvo", copiar e colar parte do código fonte do SSH (WTF!?) pra fazer um
> protocolo próprio. Esse é artista!
>
> Arte é a gestão das empresas de telecom/tv/etc serem incompetentes demais
> pra concorrer com o netflix e querer aprovar leis pra forçar a mensalidade
> deles subir pra R$ 120,00, ou a mais genial de todas, cobrar
> diferenciadamente pelo tipo de dado que trafega nos seus tubos.
>
> Arte é as empresas terem gestores péssimos, irem mal das pernas e botarem a
> culpa no governo, que também tem gestores péssimos, que vem, de onde será?
>
> Arte é uma empresa nao dar aumento pros seus funcionários e contratar dois
> caras pelo dobro do preço cada, pra substituir um analista que encheu o saco
> e foi ganhar mais em outro lugar. Isso é arte.
>
> Arte é uma empresa entrevistar um cara pra analista de testes e não
> contratar ele porque ele achou bugs no software da empresa que ele deveria
> testar. Porque "uma pessoa que vê tanto problema no nosso sistema não serve
> pra trabalhar aqui". Cara, isso é ser muito artista....
>
> Arte é um gestor contratar um cara que checa CPF fazendo if-else-if pra cada
> caracter ao invés de um que escreve a função de validação correta, porque o
> primeiro escreve código mais simples de entender. "Qualquer um pode dar
> manutenção nisso depois. Pro outro eu precisaria contratar alguém mais caro
> depois". Talvez um analista esteja cobrando mais que um pai de santo hoje em
> dia...
>
> Arte é o diretor de TI usar assédio moral pra que os funcionários se sintam
> em débito com a empresa e trabalhem em situação degradante, o que hoje é
> considerado inclusive, trabalho escravo. Lembre dessa quando você pagar sua
> passagem de ônibus ou metrô de um grande centro de um grande país que vai
> ser sede de um grande evento o ano que vem. Arte é isso.
>
> Eu poderia citar dezenas de exemplos práticos desses, do que é fazer arte,
> mas seria constrangedor e eu tenho mais o que fazer.
>
> No próximo ES eu troco "obras de arte" por cerveja, mas só enquanto
> consciente.
>
> Salvo algumas exceções, a maioria dos gerentes de TI que eu conheci,
> artistas como sempre são, só se importam em falar buzzword (bingo!) e posar
> bem na foto e não estão nem aí se eles estão "viabilizando o negócio". Ainda
> mais se a empresa vai bem, foda-se o negócio, o importante é eles parecerem
> senhores da situação e funcionários que resolvem, são agitadores, incomodam,
> já os puxa-saco que também estão sugando a empresa, esses são legais.
>
> Além do mais, sempre pode ser culpa do estagiário, do Lula, da sorte, do
> Diabo...
>
> Porque arte mesmo, é ser incompetente mas conseguir convencer todo mundo que
> a culpa da merda é do outro...
>
> []'s
>
>
>
>
>
>
>
>
> 2013/11/11 Andre Carneiro <andregarciacarneiro at gmail.com>
>>
>> Como tudo na vida, creio que TI deve buscar o equilíbrio entre 'tanto faz,
>> desde que funcione' e boas práticas. Não é aceitável que um 'gerente'
>> imponha prazos fundados na necessidade de velocidade de entrega do cliente,
>> sem negociar. Por outro lado, não é aceitável estourar prazos passados pela
>> própria TI, e dar como desculpa a aplicação de boas práticas, considerando
>> que, pouco ou nada, entrou no caminho para atrapalhar. Bom senso sempre
>> coube nesse tipo de discussão. Mas não podemos esquecer que, Infelizmente ou
>> felizmente, existe um troço chamado hierarquia.
>>
>> E o que eu já cansei de ver acontecer, é que muito gerente babaca e/ou
>> incompetente ferra a equipe de TI com prazos, justamente porque não
>> consegue(igual ao Moisés :D ), e/ou não quer e/ou não é capaz de renegociar
>> esses prazos com o nível hierárquico igualmente composto de babacas
>> inescrupulosos.
>>
>> Outra situação desagradável, é quando parte do projeto fica na mão de uma
>> fábrica de software terceirizada, para economizar com contratações
>> `desnecessárias`, que não consegue, sequer, seguir especificações. E o
>> gerente bundão simplesmente repassa a responsabilidade disso para a equipe
>> oficial, e ainda exige que a mesma cumpra o prazo que, obviamente, não tem
>> como serem cumprido. Mas terá que ser cumprido a qualquer custo, porque a
>> última coisa que esse cidadão quer, é subir até o líder dele e dizer que o
>> prazo terá que ser renegociado.
>>
>> Isso acontece o tempo todo! Faz parte do desafio de se trabalhar com TI, e
>> acho difícil que mude. Minha opinião sobre isso é que se você não aguenta
>> esse tipo de coisa, talvez seja hora de procurar outro emprego, ou abrir o
>> seu próprio negócio.
>>
>>
>> Proost!
>>
>>
>>
>>
>> 2013/11/9 Alceu Rodrigues de Freitas Junior <glasswalk3r at yahoo.com.br>
>>>
>>> Em 09-11-2013 09:50, Marcio Ferreira escreveu:
>>>
>>>> "Objetivo de TI é viabilizar o negócio. "
>>>> Esse é o ponto exato!
>>>> leo++
>>>>
>>>
>>> Não se pode esquecer o outro lado da moeda também:a área de negócios não
>>> pode ter a expectativa de forçar as coisas começarem todas erradas e depois
>>> querer que dê certo no final. É preciso tentar um meio termo.
>>>
>>> Tenho certeza que muita gente já teve a sensação de trabalhar em uma
>>> pastelaria, onde o pedido feito de manhã já está diferente no dia seguinte.
>>> Já passei por situações complicadas com espertinhos de negócios que assumem
>>> um compromisso e/ou risco e convenientemente esquecem disso depois.
>>>
>>> Metodologias ágeis fomentam a maior participação da área de negócios
>>> justamente para evitar os pedidos "cabeludos" que não agregam nada para a
>>> empresa e sequer são utilizados depois.
>>>
>>> Algumas vezes, então, só nos resta dizer não. E o que vejo atualmente é
>>> uma "bundamolecência" crônica de gerentes de TI que não tem pulso para fazer
>>> isso (seja lá por qual motivo).
>>>
>>>
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