[SP-pm] [OT] Apresentação

Blabos de Blebe blabos at gmail.com
Tue Apr 19 06:16:24 PDT 2011


Eu concordo com você em partes. Na maioria delas inclusive.

> Ninguém te ensina a pensar. Pensar é um ato voluntário, autodidata  e
> algumas vezes solitário,

Muitos alunos chegam na faculdade achando que a vida é feita de
receitas prontas e musiquinhas pra decorar tabela periódica, ou seja,
comodity.

Algumas instituições, continuam a empanturrá-los com isso, tornando-os
profissionais comodities.

As que são sérias, quebram esse ciclo.

Quando eu fui escolher a faculdade, pesou a opinião de profissionais
que eu conhecia e foram ex-alunos, mas eu tive o trabalho de ligar e
trocar emails com algumas instituições com a seguinte pergunta:

Qual linguagem vocês ensinam?

A maioria respondia Java e .NET

A que eu escolhi respondeu: Aqui a linguagem é irrelevante. Nós
ensinamos algoritmos, estrutura de dados, etc.

É claro que tem as suas mazelas, mas ela é bem parecida em alguns
(bons) aspectos com as públicas. A turma começou com 80 e 3 anos
depois somos cerca de 20.

Enfim, há casos e casos.

2011/4/19 Solli Honorio <shonorio em gmail.com>:
>
>
> Em 19 de abril de 2011 08:24, Blabos de Blebe <blabos em gmail.com> escreveu:
>>
>> > Nas universidades não te ensinam a 'pensar', te ensinam a usar
>> > ferramentas... e olhe lá....o que de certa forma, te limita.
>>
>> Só uma correção:
>>
>> *Em 99.9% das* universidades não te ensinam a 'pensar', te ensinam a usar
>> ferramentas... e olhe lá....o que de certa forma, te limita.
>>
>
> Ninguém te ensina a pensar. Pensar é um ato voluntário, autodidata  e
> algumas vezes solitário, então não coloque isto na conta da faculdade (ou de
> qualquer outra entidade). Concordo que a a maioria das universidades não tem
> um ambiente que estimula o pensamento crítico.
>
>>
>> 2011/4/19 Ulisses-IBIZ <ulisses em ibiz.com.br>:
>> > rsrsrs sim claro, um cara talentoso vai escolher a linguagem mais
>> > adequada
>> > para a resoluçao do seu problema = "Claro, cada linguagem facilita mais
>> > a
>> > vida do programador"
>> >
>> > quis evidenciar que o talento está no 'pilotador' da ferramenta, tirando
>> > o
>> > foco da linguagem em si.
>> >
>> > ... não basta ter pincel e tinta, é preciso ser artitsta.... o lance
>> > seria
>> > mais de semântica do que de sintaxe... [sim, claro sei que linguagens
>> > tem
>> > semanticas; please nao me tomem de maneira literal, abstraia...]
>> >
>> > e uma boa linguagem não o torna um bom designer/programador; ela pode te
>> > melhorar, em certo sentido.. ordenando o seu confuso pensamento...
>> > rsrsrs
>> >
>> > às vezes se dá muito valor à uma linguagem, de certa forma até
>> > religiosa;
>> >
>> > o cara fera vai escolher C, Perl ou Python, ... dependendo do que ele
>> > quer
>> > atingir e COMO quer resolver o probl,
>> >
>> > [ ao meu ver, a globo.com tem razao em escolher um cara 'safo' que
>> > aplica
>> > diferentes tools (linguagens), a depender do problema....]
>> >
>> > [Eden, valeu pelos exemplos e pelo lado + técnico das especificidades
>> > das
>> > linguagens (e das filosofias por trás delas, rsrs)]
>> >
>> > Acho importante colocar para os mais jovens que filosofar e pensar muito
>> > antes de meter a mão na massa é muito importante. Primeiro desenhe e
>> > depois
>> > codifique, em Assembly Language, se quiser.
>> >
>> > Nas universidades não te ensinam a 'pensar', te ensinam a usar
>> > ferramentas... e olhe lá....o que de certa forma, te limita.
>> >
>> > [bom.... chega de filosofia... como não conheço o ecossistema aqui da
>> > lista;
>> > não sei o grau de tolerância com relação às divagações filosóficas (ou
>> > se
>> > mesmo isso já foi  exaustivamente discutido).
>> > pessoalmente, acredito que pensar de forma filosófica é o que está por
>> > trás
>> > das gdes mudanças da humanidade... SW Livre é filosofia aplicada, pura
>> > na
>> > veia....
>> >
>> > para descontar o length desse texto, nas prox msgs serei monossilabico
>> > ]
>> >
>> >
>> > Ulisses Gomes Tecnologia da Informação IBIZ Tecnologia +55 11 5579-3178
>> > r.
>> > 226 ulisses em ibiz.com.br www.ibiz.com.br
>> > ----- Original Message ----- From: "Eden Cardim" <edencardim em gmail.com>
>> > To: <saopaulo-pm em mail.pm.org>
>> > Sent: Tuesday, April 19, 2011 5:19 AM
>> > Subject: Re: [SP-pm] [OT] Apresentação
>> >
>> >
>> >>>>>>> "Ulisses-IBIZ" == Ulisses-IBIZ  <ulisses em ibiz.com.br> writes:
>> >>
>> >>   Ulisses-IBIZ> um cara de talento é um bom resolvedor de problemas:
>> >> identifica-o, separa o joio do trigo e aplica a elegancia da
>> >> simplicidade
>> >> (ou a simplicidade da
>> >>   Ulisses-IBIZ> elegancia) para resolve-lo. Isso ele faz em Perl, Java,
>> >> C,
>> >> Python .... Claro, cada linguagem facilita mais a vida do programador
>> >> (que
>> >> prefiro charmar de
>> >>   Ulisses-IBIZ> designer). Perl é uma mão na roda que te permite,
>> >> muitas
>> >> vezes, desenvolver N vezes mais rápido que em outras linguagens,
>> >> mas.... vai
>> >> de gosto.
>> >>
>> >>   Ulisses-IBIZ> primeiro o cara precisa ter fluencia de pensamento e
>> >> depois na linguagem que escolheu para 'resolver' o problema que se
>> >> apresenta.
>> >>
>> >> Pois é, mas algumas linguagens aleijam até o melhor dos pensadores em
>> >> alguns aspectos. Por exemplo, em java uma simples equação de Bhaskhara
>> >> implementada com bignums vira isso:
>> >>
>> >>
>> >> --8<---------------cut here---------------start------------->8---
>> >> ((b.pow(2) - (a.multiply(b)).multiply(4)).sqrt).divide(2)
>> >> --8<---------------cut here---------------end--------------->8---
>> >>
>> >> porque java não tem sobrecarga de operadores, por design.
>> >>
>> >> E como sempre, o caso do quicksort em haskell que eu sempre costumo
>> >> usar
>> >> de forma ilustrativa:
>> >>
>> >> --8<---------------cut here---------------start------------->8---
>> >> quicksort [] = []
>> >> quicksort (s:xs) = quicksort [x|x <- xs,x < s] ++ [s] ++ quicksort [x|x
>> >> <-
>> >> xs,x >= s]
>> >> --8<---------------cut here---------------end--------------->8---
>> >>
>> >> Além de ser mais curta, objetiva e mais próximo do que se aprende na
>> >> escola do que qualquer outra função em qualquer outra linguagem
>> >> não-funcional, funciona com qualquer tipo de dado que implemente os
>> >> operadores '<' e '>='. O Java, logo de cara, não consegue fazer,
>> >> novamente porque falta a sobrecarga. Em C também não dá, em C++ você
>> >> consegue se (ab)usar de templates. Em alguma linguagem dinâmica como
>> >> perl ou python, você faz algo similar, mas nunca vai ser tão rápido
>> >> quanto a implementação em haskell (a propósito, essa implementação aí
>> >> em
>> >> cima não é a melhor possível), porque compila direto pra binário, não é
>> >> interpretado.
>> >>
>> >> Resumindo, a depender do problema, tem linguagens que vão ser bastante
>> >> melhores do que outras.
>> >>
>> >> --
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