[SP-pm] Vaga Programador Perl 2

Alexandre de Abreu alexandre.abreu em gmail.com
Quinta Novembro 23 10:00:37 PST 2006


Luis,

Senti um pingo de arrependimento, estou certo? Talvez, somente decepção...

Só uma _crítica_ sobre sua resposta:

>   2. Uso meu cérebro. Claro. Tem gente que peida em público. Todo mundo
> tem maus-hábitos. Ignorar alguns deles faz parte da boa-educação que
> mantém lubrificadas as engrenagens da sociedade ocidental contemporânea.

Japonês não peida ou ignora quando o outro peida? :D

[]s e boa sorte, acho que estamos bem representados por ai.

Alexandre de Abreu

On 23/11/06, Luis Motta Campos <luismottacampos em yahoo.co.uk> wrote:
>   DISCLAIMER
>   Atendendo a diversos pedidos, vou responder esta em público.
>   Mas advirto:
>   1. Isto é apenas a minha opinião, e vou alegar se retardado mental
> sempre que isto for conveniente;
>   2. Os nomes, pessoas, empresas, fatos, datas e acontecimentos citados
> aqui são fictícios e qualquer semelhança com a realidade é muita
> coincidência;
>   3. Este email pode ser forjado e ter vindo de qualquer pessoa no
> planeta terra.
>
> Alexandre de Abreu wrote:
> > Luis, já te falaram que vc é muito crítico? :D
> >
>
>   Já fui exaustivamente informado sobre a minha capacidade de pensar.
>   Tenho até mesmo a minha meta-defesa preparada:
>   1. Nasci com cérebro. Ter defeito congênito não pode ser considerado
> crime;
>   2. Uso meu cérebro. Claro. Tem gente que peida em público. Todo mundo
> tem maus-hábitos. Ignorar alguns deles faz parte da boa-educação que
> mantém lubrificadas as engrenagens da sociedade ocidental contemporânea.
>
> > Conte-me mais sobre sua ida para a Europa, quais as primeiras
> > impressões, os estrangeiros sabem programar mesmo? :>
>
>   Impressões. Certo. Bom, achei notória a diferença de rítmo de
> trabalho, aqui. Conseguir trabalhar, para mim, no início, foi um
> problema muito sério. Eles decididamente trabalham mais devagar.
>
>   Outra coisa que marca a gente profundamente é a comida. País
> diferente, hábitos alimentares diferentes. É das poucas coisas que eu
> considero que identificam um povo. Os Europeus decididamente morrem mais
> de colesterol que os sul-americanos. E temperam tudo, absolutamente tudo
> com louros.
>
>   Outra coisa muito interessante é a legislação, que, aqui em Portugal,
> é muito mais protecionista que no Brazil. A quantidade de casos em que
> está previsto na lei "reintegração de empregado" à empresa, é
> simplesmente absurda. Mesmo assim, a confusão e a falta de informação
> tem imperado entre os imigrantes.
>
>   Fato observado #1: O pessoal que vem de fora acha que aqui é o Brazil,
> e contiua se comportando como se estivessem sujeitos às mesmas leis. Eu
> observei isto principalmente em mim mesmo, mas também em outras pessoas.
>
>   Fato observado #2: O Português é extremamente burocrático. Gosta de
> árvores mortas que é uma coisa impressionante. Ainda mais se isto o
> fizer se sentir poderoso de alguma forma. Todo o funcionalismo público
> português que atente o público desenvolve algum grau de megalomania. Às
> vezes, depressa demais.
>
>   Fato observado #3: O Nélson Ferraz observou bem: aqui parece um 28
> estado do Brazil, tal é a quantidade de coisas muito semelhantes com as
> que temos aí. Claro, esta é apenas uma impressão superficial, que se
> desvanece logo depois de uma primeira análise cuidadosa.
>
>   De uma forma geral, para quem quer conseguir empregos no estrangeiro,
> eu tenho apenas o formal para recomendar: trabalhe onde você tem
> permissão de trabalho. Visite o resto como turista, e nunca volte a um
> país que te trata mal uma vez: eles podem achar que você é masoquista, e
> voltar a te tratar muito pior. Se você não é cidadão do país-destino,
> nem pode contar com quantidades absurdas de dinheiro para pagar
> advogados, não assine contratos fora do Brazil, e consulte sempre a
> embaixada do país para onde você está indo para saber se você tem a
> documentação em dia.
>
>   Gente, a coisa mais importante em viajar para fora do Brazil para
> trabalhar é se lembrar que a gente não pode ser desrespeitado como
> pessoa, nem explorado além do nível considerado "relação comercial".
>
>   É muito fácil aceitar trabalhar fora do Brazil. Mas atenção: a empresa
> que te contrata tem de assumir compromissos com você antes de você sair
> de onde está. Se, para trabalhar no exterior, você ainda tem de pagar,
> qual é a diferença disso para trabalho escravo?
>
>   Minha recomendação geral: cuidado, nem tudo o que parece interessante
> sobrevive à uma análise crítica e fria das coisas.
> --
> Luis Motta Campos
> Senior System Engineer at Segula.FR
> Hobbyist Cooker and Photograph
>
> _______________________________________________
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> SaoPaulo-pm em pm.org
> http://mail.pm.org/mailman/listinfo/saopaulo-pm
>


-- 
Alexandre de Abreu


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