[Cascavel-pm] Fwd: Programar ou reaproveitar (was: Listando sub-diretorios ...)

Luis Motta Campos luismottacampos em yahoo.co.uk
Quarta Março 14 01:34:15 PDT 2007


On Mar 14, 2007, at 3:33 AM, Marco Lima wrote:
> Salve Nilson !!!
>
> On 3/13/07, Nilson Santos Figueiredo Junior <acid06 em gmail.com>  
> wrote: On 3/13/07, Marco Lima <mago.perlbr em gmail.com> wrote:
> > 2- Muitas vezes vocês poderá estar em um projeto e não poder  
> utilizar o
> > CPAN, deverá escrever seus próprios módulos.
>
> Porque o projeto teria esta restrição? Porque você ainda não convenceu
> seu chefe do contrário? Porque você ainda não pediu demissão?
>
>  Bem isso são restrições corpotativas ... tente convecer a  
> Motorola, fiz isso durante muito tempo ... e olhe que muitos dos  
> módulos do CPAN são feitos e testamos por pessoal da Motorola.

   Então a Motorola está fora da lista das empresas para quem eu  
trabalharia.

>
> [Deixar de utilizar módulos da CPAN é que nem votar no Lula]
> Bom, nem sempre essa é melhor solução ... talvez Abigail também  
> vote no Lula !!!

   Eu tenho certeza de que o Abigail não vota no Lula - ele criticou  
o governo brasileiro para mim durante o European Hackathon 2007, em  
Arnhem, duas semanas atrás, enquanto documentava com a gente a regexp  
engine do Perl6.

> [Em resumo: ao escrever código ruim você está fazendo uma escolha
> relativa a como quer se expressar. Afinal, TIMTOWTDI. Assim, da mesma
> maneira na qual você pode escolher falar como um marginal da periferia
> (o que implica que, provavelmente, só eles irão te escutar) você pode
> escolher escrever código Perl porco - o que certamente trará as
> cabidas conseqüências.]
>
> Desculpe, mas discordo inteiramente de você, usar gíria não é coisa  
> de marginal...

   Está certo, gíria não é coisa de marginal. Exatamente como o  
Nílson disse:

   [http://en.wikipedia.org/wiki/Slang]

       O uso de gíria usualmente envolve um desvio da língua padrão,  
e tende a ser muito
       popular entre adolescentes. Entretanto, gíria é usada em todos  
os setores da
       sociedade, ao menos até um certo grau. Mesmo não envolvendo  
neologismos (algumas
       expressões linguísticas, como "réis", são bem antigas), ela  
frequentemente envolve
       a criação de novas formas linguísticas ou a adaptação criativa  
das velhas formas.[...]

> mas vai ver que é...

   Você está querendo dizer que "o Nílson vai ver que é coisa de  
marginal", ou está simplesmente dando ao Nílson o benefício da dúvida?

> um hacker sempre é tirado como um marginal pela maioria das pessoas...

   Eu estou assumindo que, ao tentar associar a palavra "hacker" com  
"marginal", usado no sentido de "bandido", "criminoso" você não quis  
ofender ninguém aqui, muito menos o Nílson.

   E também estou assumindo (e posso estar enganado) que você está  
querendo dizer que gíria é coisa de marginal.

> mas nem sempre temos tempo para blah blah para resolver um  
> problema ... e gírias muitas vezes podem ser muito util, e fazem  
> você resolver problemas difíceis e perigosos ... quando precisar  
> resolver uma falha no sistemas em poucos segundos, talvez pense  
> duas vezes em perder tempo, escrevendo código, consultando CPAN e  
> lendo módulos etc. .... Perl não escreve "código porco", escreve  
> soluções ... se asolução é escrever gírias então essa é a melhor  
> maneira e não escrever "código porco".

   Lamento, mas você está tentando usar a situação própria para usar  
"Código Descartável" como justificativa para escrever sistemas (de  
produção, permanentes) usando "Código Porco".

   Aqui, cabe uma coisa que parece estar em falta no mercado:  
discernimento, capacidade de diferenciar situações práticas do dia-a- 
dia, onde se pode usar "Código Descartável" de uma maneira segura  
(i.e., lembrando de *descartar* *depois* *do* *uso*), das situações  
onde se deve usar código ponderado e projetado.

> Um pouco mais de "Código Porco", pode ser que dê para aprender um  
> pouco de Perl no meio da lama.
>
> open s,">#\!/usr/bin/python";;$#=$/;seek s,"m/^j.a.p.h.!$/";:print  
> s"#\!/usr/bin/perl",+0;;$_=(<0>)[-2];$/=q*(\w)*;
> @#= 
> (36.32.32.44.101.114.99,107.104.97.32,114.108.80.101,32.101.114.116,10 
> 4.110.111.97 ,32.115.116.74.117.32.32.36,);
> $_=join '',eval("$_");*#=*_;$#=~s*^\$(.+)\$$*$1*;print ~~ reverse  
> join ' ',map{s$\$/\$/$\$2\$1$g&&$#}split(' ',$#);


   Bonito JAPh, Marco! Mas onde estão os créditos?

   Discordo de você: isto não é "Código Porco", alguém gastou uma  
quantidade não-razoável de tempo tentando escrever isto e fazer  
funcionar desta forma.

   Ninguém aqui pode esquecer que isto é o resultado de um "Rito de  
Passagem" [http://pt.wikipedia.org/wiki/Rito_de_passagem], que alguém  
escreveu para dizer "de agora em diante sou um programador Perl com  
vocabulário o bastante para fazer coisas malucas como esta". Isto  
estava na palestra que eu dei no Rio de Janeiro sobre JAHp,s faz uns  
3 ou 4 anos. Isto, mais que o resto dos programas que a gente faz  
todo dia, é Código Pensado, e, acima de tudo, um exercício sobre o  
uso da linguagem. Até um certo exibicionismo, se você me permite a  
expressão.

--
Luis Motta Campos (a.k.a. Monsieur Champs) is a software engineer,
Perl fanatic evangelist, and amateur {cook, photographer}





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