Re: [Cascavel-pm] Código ilegivel ao olho humando atrasa processamento?

Alceu R. de Freitas Jr. glasswalk3r em yahoo.com.br
Segunda Junho 13 10:11:41 PDT 2005


--- Daniel Ruoso <daniel em ruoso.com> escreveu:
> O fato de o código ser disponibilizado não significa
> em nenhum momento
> que a propriedade do código vai ser do cliente!!! O
> autor do código
> AINDA é você, e, dessa forma, você é o dono dos
> direitos. Então, a não
> ser que você repasse explicitamente o direito para
> outro, ele continuará
> sendo seu. E acredite, essa é a base que sustenta a
> GPL.

É verdade. Mas é fato também que descobrir se alguém
está lhe passando a perna nesse sentido pode ser
bastante trabalhoso, sem contar ainda o tempo que um
processo aberto por você pode durar nos tribunais,
mais as eventuais despesas e mais a possibilidade de
você não ganhar a causa.

> Quem dera eu estivesse mexendo com códigos que
> valessem tanto dinheiro
> assim. Acredite, o código que você produz vale bem
> menos que você, e se
> alguém fosse "ganhar dinheiro às suas custas", você
> já estaria muito bem
> remunerado por ele (afinal, é mais interessante
> contratar o autor do
> código para dar manutenção).

Seria exatamente assim SE as empresas atualmente não
preferissem entregar seu trabalho para alguém que se
sujeita a ganhar menos que você, mesmo que às custas
de perda de qualidade do serviço prestado.

> Isso é um dos aprendizados mais duros na vida de um
> candidato a
> monge ;)...  Humildade... O fruto do seu trabalho
> vale menos do que o
> trabalho que você teve para fazê-lo!

Isso ficou confuso... sempre achei que se aplicasse a
qualquer pessoa e profissão, não apenas para Perl
monks. :-)

> Você não é a
> galinha dos ovos de
> ouro!

Ainda mais confuso. Parece a história do ovo e da
galinha. Se o fruto de meu trabalho vale menos que o
trabalho que eu tive para fazê-lo e eu não sou a
galinha dos ovos de ouro... aonde está o valor?

Talvez você esteja falando sobre o valor que damos ao
nosso trabalho realizado... logicamente o restante do
mundo não o valoriza tanto quanto você. De qualquer
forma estamos já estamos "viajando" nesse assunto. :-D

> > Por algum milagre a lei brasileira delimita bem
> esses
> > conceitos. A menos que você explicitamente permita
> > (através de contrato) a empresa que solicitou seus
> > serviços não pode vender sua solução, apenas
> usá-la.
> 
> UÉ???? O que você esperava????? é assim no mundo
> inteiro... Você só não
> tem direito sobre o que for produzido se você for
> funcionário de uma
> empresa. No caso de prestação de serviços é esse o
> padrão.

Considere que essa lei é bastante recente e você vai
entender o que eu quiz dizer. Antes a lei simplesmente
não era lógica. Tudo o que você produz em software é
considerado obra artística no Brasil. É sempre seu,
mesmo que você venda.

> > Essa é uma questão interessante... veja, para
> empresas
> > geralmente um algorítmo de computação (por si só)
> não
> > serve para nada... mas para o desenvolvedor, que
> tem
> > que entender o negócio do cliente e "transcrever"
> ela
> > em código, é muito bom.
> 
> Não entendi o que você disse, mas acho que você só
> está me dando razão
> ao dizer que o código não é "quase" nada... 

É quase isso. Eu quis dizer que um algorítmo
cabalístico de ordenação de dados não serve para nada
se você não realmente PRECISAR ordenar dados.

Vou fazer uma analogia: um parafuso. Pode ser o
parafuso mais fantástico do mundo. Mas se você não
tiver nada para parafusar ele não serve para nada.

Um módulo Perl para desenvolver um sistema funciona de
maneira análoga. Mas entregar código que aplique as
funções de negócio de uma operadora de cartão de
crédito... não acho que isso deve ser liberado como
código livre.

> Como eu
> disse antes, você
> vale mais do que o código que você produz, e isso
> nunca vai mudar...
> (ok, nunca eu não sei, mas vai ser assim por um bom
> tempo....)

Conforme esses "geradores" de código automático
evoluem, vou ficando preocupado. ;-)

[]'s


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