[Cascavel-pm] para refletir

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Sexta Março 12 14:15:55 CST 2004


Luis Campos de Carvalho escreveu:

>   Ooops!! Acho que *eu* é que não me expressei bem!! Desculpe!!
>   Quando eu digo "QI", estou me referindo ao tipo pejorativo. De outra
> forma, eu diria "referências".

>   Ter boas referências é sinal da sua competência.
>   Ter QI é sinal de que você tem padrinho (um protetor que te coloca em
> boas posições mesmo sabendo das suas más qualificações).

Bom ... esse posso o ponto de vista de alguns e meu ... eu considero QI ...
qualquer indicação que passa por fora de um processo seletivo !

>    Mago, eu o respeito muito e não quero começar um flame-war. Por favor
> não leve a mal o que eu vou dizer, mas você não acha que está sendo um
> pouco egoísta demais, por conta da sua "posição privilegiada", como
> detentor de know-how de acesso restrito?

>    Quero dizer, ao invés de se manifestar contra a atitude depreciativa
> do diretor, que coloca o próprio "sobrinho" em um cargo que é
> considerado "bem-remunerado" e "serviço fácil", você se esquiva, dizendo
> estar imune a isso, já que o acesso à tecnologia onde você atua é
restrito.

>    Desculpe, mas eu acredito (e posso estar errado!) que é contra este
> tipo de atitude queo Antônio Marcelo Ferreira da Fonseca escreve no
> artigo que deu início a esta discussão...

Luis, em nenhum momento considerei esta conversa além de um debate de
opiniões sobre um assunto muito importante e que a maioria dos
profissionais convivem todos os dias, e estou querendo mostrar que o mundo
não é feito todo da mesma maneira.

Quanto a "posição privilegiada", não estou em uma posição que ninguém pode
estar, só acredito que um "sobrinho" não vai conseguir experiência e nem
ser "detentor de know-how de acesso restrito" se não tiver o mínimo de
capacitação necessária .. espero ter conseguido explicar !

Eu não comecei a trabalhar com as mesmas responsabilidades e "acessos" que
tenho hoje ... consegui isso, procurando cada dia me tornar um profissional
melhor .. e vc não deve nunca desistir disso !

Eu tb sou contra Diretores que colocam os "sobrinhos" sem capacitação e com
uma remuneração "privilegiada" ... tenho só duas coisas a acrescentar nisso
... 1 - Em grandes empresas esses diretores não duram muito tempo e 2 - A
remuneração ... bem ! não sou eu quem vai pagar mesmo !!!

>   Uh? Eu não entendi, desculpe.
>   Pode ser apenas fantasia minha, mas eu acho que os funcionários
> públicos concursados são os trabalhadores mais acomodados do Brasil...
> claro, toda regra tem excessões...

Em tentei dizer a mesma coisa !

>   Novamente eu peço desculpas pelo mal-entendido. Do meu ponto de
> vista, isso são "referências", não "QI". O pessoal viu seu sistema,
> gostou e "comprou" a idéia. Até onde entendi, não houve imposição, e seu
> sistema era exatamente (ou muito perto disso) o que a Brahma precisava
> para controlar a emissão de passagens.

Eh ! mas a história não eh bem essa ... na época a empresa de turismo que
fazia a emissão das passagens ... pertencia ao meu TIO ! E exatamente por
isso, me concentrei em desenvolver um excelente sistema ... que mesmo
quando a empresa dele já não prestava mais serviços ... eles continuaram a
utilizar com a nova agência.

>   Isso eu não entendi. Vejo duas possibilidades:

>    1. Você e sua esposa são sócios.
>    Se isso é verdade, você não a convidou apenas por que precisava de um
> sócio. Ela deve ter, no mínimo, seu respeito e admiração. Ou não seria
> (sequer) sua esposa. Desta forma, não existe o que eu chamo
> pejorativamente de "QI". Existe, sim, e sob várias formas, "referências".

>    2. Um dos cônjujes protege o outro, usando para isso sua posição,
> influência ou poder. Ou uma combinação disso tudo.
>    Neste caso, raras excessões, é melhor que o protegido se afaste e
> procure outra atividade. Será mais satisfatório para ambos. O protetor
> terá aliviada a sua carga de estresse quando não precisar mais proteger
> profissionalmente o outro, e o protegido poderá desenvolver plenamente
> suas competências e dar o melhor de si, longe da proteção do parceiro.
> Desta forma, temos desenvolvimento profissional mais sadio para todos.
> Um legítimo "ganha-ganha".

Concordo com vc em alguns pontos ... mas na verdade estava pensando no caso
de vc conhecer alguém dentro da empresa que vc trabalha ... Eu já trabalhei
com um casal em que ela era chefe dele ... e eram excelentes profissionais
... e na verdade ela acabava descontando tudo nele ! processo inverso !

>   Nisto, sou obrigado a concordar com você. Não ficaremos sem trabalho
> por causa dos sobrinhos dos diretores.

>   Acho importante confessar um viés de minha parte nesta discussão: Eu
> estou um pouco revoltado com o que estou passando na minha empresa.
> Estou reecrevendo às pressas boa parte de um projeto que foi
> desenvolvido pelo diretor da empresa, mas que não admite manutenções,
> por muitas "escolhas" de projeto feitas antes de eu assumir.

>    Como a qualificação do diretor não tem nada a ver com a área de
> computação, eu passo raiva, pensando que se ele tivesse mais base muitas
> das coisas que eu tenho de passar horas refazendo poderiam perfeitamente
> estar em ordem e eu poderia me concentrar no que é preciso fazer agora,
> e atender o cliente o mais depressa e sem estresse possível.

Isso acontece com a maioria dos profissionais, e tenho certeza este desafio
faz com que vc seja o PROFISSIONAL ... e tenho certeza que vc resolverá
tudo da melhor maneira possível ... e no futuro isso vai parecer uma
experiência muito boa !

>   Antes de qualquer outra coisa, eu me referi ao tempo como uma forma
> velada de dizer que o engenheiro de software menos qualificado estaria
> "enrolando" para terminar o trabalho.

>   Quanto a como comparar os trabalhos, eu nunca vi isto acontecer
> exceto sob os critérios de custo e prazo requisitado para o projeto.
> Quer dizer, eu sempre encontrei pessoas que ficavam com o "médico" que
> pedia mais barato para fazer a cirurgia e prometia (e quase nunca
> realizava) o trabalho no menor tempo admissível.

>   Mas eu tenho pouca (ou nenhuma) experiência com isso, e posso
> perfeitaente estar enxergando mal as coisas...

Em grandes equipes de desenvolvimento e outras áreas existem métricas para
este tipo de análise ... concordo que o prazo eh muitas vezes um fator
determinantes ... mas em empresas que a aprovação dos projetos são feitas
pelo CIO e ele sabe que redução no prazo implica em aumento de custo ...
isso é muito relativo.

E sinceramente ... eu não nunca fiz e não faria um cirurgia com um médico
porque ele eh mais barato e mais rápido ... Prefiro escolher o melhor !
posso dar um exemplo que estou passando no momento ... no dia 18 de janeiro
eu fraturei minha mandíbula ... fui atendido no Barra D´or e o médico no
dia me falou que eu ficaria umas duas semanas com um tipo de tala ... Eu
preferi consultar um especialista ... e estou desde o dia 20 de janeiro até
semana que vem com um aparelho que impede a abertura da minha boca ...
moral da história ... se não tivesse contratado um especialista ... teria
gasto um dinheiro com um profissional qualquer e depois teria que gastar
muito mais com uma operação e um especialista ... isto costuma acontecer na
nossa área.

>    Acho que isto, novamente, é fruto da forma (ruim) como eu descrevi
> "QI" da primeira vez. Não tenho qualquer preconceito contra os sobrinhos
> de diretor, desde que eles conquistem (como qualquer outro mortal) seu
> lugar ao sol.

>    Mas não gosto dos incompetentes que sobem aos cargos mais elevados do
> departamento de TI *apenas* por ser "filho de fulano" ou "sobrinho de
> ciclano", e que passam o dia inteiro tentando responder para três
> pessoas diferentes um e-mail com uma piadinha que ele recebeu no dia
> anterior... e que acabam, mais cedo ou mais tarde, contratando
> "profissionais mais baratos" (leia-se: oportunistas desqualificados)
> para se responsabilizarem pelos sistemas de missão critica da empresa,
> erro que poderia ser evitado se o "sobrinho do diretor" tivesse
> qualificação apropriada ou experiência profissional equivalente.

Neste ponto acho que concordamos !

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Marco Lima
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